Edna Luciana Ramos, presidente da Associação Habitacional e Co-munitária dos Moradores dos Bairros Bom Viver I e II, em Paraua-pebas, denunciou à polícia que a área dos bairros onde estão sendo comercializados os lotes urbanos foi invadida há mais de uma semana por dezenas de famílias que se dizem sem-teto.
A presidente da associação garante que a entidade comprou da Uni-ão a posse da terra há seis anos e de lá pra cá vem comercializando os lotes para moradia popular. Ela informa que a associação possui todas as documentações de transação de posse da área.
Segundo Edna Luciana Ramos, os invasores permanecem na área há mais de uma semana, estão cercando lotes particulares, destruindo plantações e hortas caseiras, promovendo vandalismo e até ven-dendo lotes a preços que variam de R$ 100,00 a R$ 2 mil. “Até as áreas públicas e de preservação deixadas no loteamento para a prefeitura estão sendo ocupadas pelos sem-teto”, denuncia.
Em declarações prestadas à reportagem do CORREIO DO TO-CANTINS, Edna Ramos revela que a associação conta hoje com algo em torno de 600 associados que já adquiriram lotes para morar no novo bairro, e eles não podem perder o que já investiram lá.
“Acabamos de entrar na Justiça com pedido de reintegração de posse da área. Então, faço aqui um apelo para que as autoridades competentes impeçam este tipo de crime, expulsando os invasores do local, para que seus verdadeiros proprietários possam se esta-belecer em paz nos lotes que adquiriram para morar”, apela a presidente da associação.
ÁREA DA UNIÃO
Diego da Silva Rodrigues, um dos ocupantes da área, frisou à re-portagem que não estava ali para confiscar lotes de pessoas que es-tariam pagando pela propriedade para construir casas e mo-rar. “Entramos aqui porque moramos de aluguel há vários anos na Vila Palmares Sul e também porque tomamos conhecimento que esta área de cinco alqueires pertence à União”, justifica.
O invasor acrescenta que a empreendedora do loteamento, no caso a Associação Habitacional e Comunitária dos Moradores dos Bair-ros Bom Viver I e II, teria entrado com requerimento junto ao Incra solicitando a posse da área, mas o órgão fundiário teria negado o pedido, permanecendo a propriedade rural pertencendo à União.
CARTA APÓCRIFA
No início desta semana, uma carta apócrifa (sem assinatura) de uma lauda chegou às mãos do delegado Antonio Miranda Neto, dando detalhes e nomes de integrantes de uma suposta quadrilha de “alta periculosidade” que estaria por trás da invasão do loteamento, que fica localizado às margens da estrada de acesso à ferrovia, entre o centro de Parauapebas e a vila Palmares Sul.
De posse das informações, Antonio Miranda Neto começa a inves-tigar os nomes dos integrantes da suposta quadrilha que estaria co-ordenando a invasão da área dos Bairros Bom Viver I e II. (Vela Preta/Waldyr Silva)
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