sábado, 3 de dezembro de 2011

Oficial de Justiça se passa por advogado para visitar preso

O oficial de Justiça Segisnando Pinto de Araújo Filho, recém-concursado e lotado na Justiça do Trabalho em Parauapebas, foi denunciado na última quinta-feira (01) de se passar por advogado para visitar um preso na carceragem municipal do Bairro Rio Verde.
De acordo com depoimento à Polícia Civil da servidora pública estadual Nilcélia de Sousa e Silva, agente prisional da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe), Segisnando Filho chegou à carceragem se apresentando e assinando o livro de presença como advogado de defesa do preso de justiça José Cosmo de Oliveira.
Autorizada a entrada à cadeia pública, o suposto advogado, que apresentou carteira da OAB do Ceará, conversou por cerca de 15 minutos com o detento, afirmando a José Cosmo que trabalhava para um advogado do mesmo nome dele, Segisnando, e apresentou um documento para o preso assinar.
Desconfiada da ação do visitante, a agente prisional disse que entrou em contato com uma amiga sua, advogada, e pediu que esta fizesse uma pesquisa na Subseção da OAB em Parauapebas para saber se Segisnando Filho era mesmo advogado. Na pesquisa, foi constatado que Segisnando é advogado no Estado do Ceará, mas não é regularizado no Pará, e teria passado em recente concurso público na Justiça do Trabalho.
No dia seguinte, ainda de acordo com Nilcélia de Sousa, Segisnando Filho retornou à carceragem, desta vez, acompanhado da mãe e de uma irmã do detento, com o qual manteve nova entrevista.
Neste ínterim, a agente prisional da Susipe telefonou para o presidente da Seccional da OAB local, advogado Ademir Donizete Fernandes, que imediatamente, em companhia do advogado Dácio Antonio Gonçalves Cunha, se deslocou até a cadeia e pública, onde presenciou Segisnando em entrevista com o detento. Indagado pelo presidente da OAB local, Segisnando revelou que era oficial de justiça na Vara de Trabalho de Parauapebas.
De posse desta informação, Ademir Fernandes entrou imediatamente em contato com o delegado Antonio Miranda Neto, que ao chegar à carceragem não encontrou mais Segisnando Filho no local.
À reportagem, delegado Miranda Neto informou que o acusado deve responder por crime de falsidade ideológica, cujo processo está sendo investigado por uma equipe de Polícia Civil. (Vela Preta/Waldyr Silva)

2 comentários:

  1. Anônimo09:00:00

    Vai ser demitido pra servir de exemplo. Falsidade ideológica quando assumiu o cargo declarando que não desempenhava atividade incompatível (crime contra a Administração Pública passível de demissão) e falsidade ideológica se apresentando como advogado sem ser.

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  2. Anônimo18:52:00

    sou advogado li e reli o caso para entender melhor, tambem sou recem formado.. o sr. segisnando quis apenas ser gentil, ele nao matou nem robou pra quer ser condenado.....
    muitas coisas no nosso brasil tem que melhorar, voces tem que se importar com as corrupcoes do brasil nao com um cara que quer apenas mostrar servico.

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