sábado, 26 de março de 2011

Polícia promete esclarecer até segunda-feira morte de mulher






Durante coletiva concedida à imprensa, o delegado de Polícia Civil Antonio Miranda e o major PM Sérgio prometeram dentro de dez dias esclarecer o grau de envolvimento do soldado Alain Luís Monteiro da Silva, integrante do Grupo Tático da Polícia Militar, na morte da mulher Albeniza Rodrigues de Moraes, que foi assassinada a tiros na última sexta-feira (18) em Parauapebas. O prazo de dez dias, contado a partir da data do homicídio, encerra na próxima segunda-feira (28).
Na inquirição dos repórteres, o delegado Antonio Miranda informou que, mesmo ainda sem a conclusão das investigações, a polícia judiciária já havia autuado em flagrante delito o soldado Alain Silva, que até esta quarta-feira (23) se encontrava sob vigilância se restabelecendo dos ferimentos praticados pelo padrasto e filho da vítima após o assassinato da mulher.
De acordo com Antonio Miranda, a arma supostamente usada pelo soldado Alain, uma pistola calibre ponto 40, foi apreendida no local do crime e encaminhada para ser examinada pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.
Major Sérgio garantiu na coletiva com a imprensa que no dia do crime ao deixar o quartel para curtir folga o soldado Alain teria deixado a arma dele na guarnição policial. Porém, a informação passada aos repórteres é que a arma encontrada no local do crime é semelhante à usada pela Polícia Militar.
DEPOIMENTO
No depoimento do filho da mulher assassinada, David Rodrigues Moraes, conhecido por “Praga”, 20 anos, natural de Parauapebas, residente na Rua Araguaia nº 25, Bairro da Paz, conta que se encontrava sentado na porta de casa na companhia do padrasto Francisco Correa, conhecido por “Índio”, e da mãe dele, quando foi surpreendido com um homem que chegava numa moto modelo Titan com capacete preto efetuando disparos com arma de fogo em sua direção.
Com os primeiros disparos, o depoente e a mãe dele correram para o interior da residência, quando então a mulher foi atingida nas costas com um tiro certeiro, caindo morta na sala da residência.
Ao presenciar o fato, “Índio” se apoderou de um facão e saiu no encalço do matador da companheira dele, que tentava ligar o motor da motocicleta, derrubando e golpeando o pistoleiro por três vezes à altura do abdômen.
No depoimento, “Praga” diz que ao retirar o capacete da cabeça do atirador reconheceu como sendo integrante do Grupo Tático da Polícia Militar, passando a golpear o indivíduo com o próprio capacete.
“Praga” conta que no mês de julho do ano passado foi vítima de tentativa de assassinato provocada pelo policial por motivos que ele diz desconhecer. Até o fechamento desta matéria, o padrasto dele se encontrava foragido. (Waldyr Silva)

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