quinta-feira, 19 de abril de 2012

Usuários protestam na emergência do HMP contra falta de atendimento





Alguns das centenas de pacientes que procuraram o setor de emergência do Hospital Municipal de Parauapebas (HMP) na última segunda-feira (16) entraram em contato com a Sucursal do CORREIO DO TOCANTINS para denunciar o que eles consideram como descaso com a saúde pública no atendimento aos usuários que buscam socorro naquela unidade.
Em declarações prestadas à reportagem, a dona de casa Lucenir Maria de Matos informou que se encontrava no setor de emergência em busca de uma consulta desde as 7 horas da manhã de segunda-feira (16), e até as 17 horas não tinha sido atendida, segundo ela, por falta de médicos para atender a grande demanda.
Lucenir Maria de Matos denuncia que presenciou servidores do hospital favorecendo a entrada numa porta lateral para pessoas amigas se consultarem, enquanto os pacientes que haviam chegado na madrugada continuavam esperando a boa vontade para ser atendidos.
A dona de casa contou ainda que na hora em que algum usuário vai ao balcão de atendimento pedir alguma informação sobre o quadro de médico de plantão é atendido com a maior ignorância por parte dos servidores;
O vanzeiro Valter José reclama também que chegou à emergência por volta das 5 horas da manhã e até as 5 horas da tarde ainda não tinha sido atendido. “O atendimento aqui é péssimo e desumano, pois dispõe de apenas dois médicos para atender esse tanto de gente, a maioria criança”, reagiu o paciente, acrescentando que todos eles não tinham tomado café e nem almoçado naquele dia.
Outra que reclamou da precariedade de atendimento no setor de emergência do hospital municipal foi Maria da Silva Pereira, dizendo que depois que a primeira-dama do município, Maria Odilza da Cruz Lermen, assumiu a direção do HMP, a situação de atendimento piorou ainda mais.
LIXO PATOLÓGICO
No momento em que a equipe de reportagem fazia a cobertura no setor de emergência, foi informada por algumas pessoas que atrás do muro do hospital, acesso pela Rua Belém, existiam vários sacos de lixo com material patológico.
Em conversa com alguns moradores, eles afirmaram que constantemente o pessoal do hospital joga lixo naquele local, para posterior coleta, ficando por algum tempo à disposição de animais, como ratos e cachorros, além de colocar em risco a saúde das pessoas.
SEM RESPOSTA
No final da tarde de segunda-feira (16), a equipe de reportagem tentou conversar com a diretora geral do HMP, Maria Odilza Lermen, mas foi informada pela assessora de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, Maria José, que no dia seguinte ela prestaria esclarecimentos sobre os problemas existentes na emergência.
Na manhã de terça-feira (17), o Jornal voltou a entrar em contato com Maria José, mas esta respondeu que a direção do hospital não ia se pronunciar a respeito da falta de atendimento no setor de emergência do hospital municipal, cuja resposta daria noutra oportunidade. (Vela Preta/Waldyr Silva)

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