terça-feira, 28 de agosto de 2012

Polícia continua investigando quebra-quebra de Serra Pelada


Francisco José Sobrinho
 
Rodrigo Maia Ribeiro
 
Davi Monteiro Amorim

Ismael Alves  da Cruz

João Carlos Lima da Silva
 
Klebar Barreto da Silva
 
Marcos Maciel Lima da Silva

Renato da Silva Custódio
 
Wanderson Morais Barbosa

A Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, continua investigando pessoas suspeitas de terem participado, direta ou indiretamente, do ato de vandalismo que provocou incêndio em dezenas de veículos, escritório e saque de material eletrônico no pátio de uma empresa que presta serviço no projeto de ferro Serra Leste, no distrito de Serra Pelada, e contra a sede de um sindicato.
O vandalismo ocorreu no início da noite do último dia 18, após a polícia ter acabado com o bloqueio da estrada que dá acesso à vila de Serra Pelada.
Em declarações prestadas à reportagem, na última sexta-feira (24), em Serra Pelada, Francisco José Sobrinho, conhecido por “Chico Cabeludo”, informou que fora chamado a prestar esclarecimentos à polícia, por ter sido convidado por uma mulher de prenome Fran-cisca, filha do candidato a vereador Manoel Zacarias, para anunciar o pedido de alimento para atender aos manifestantes que se encon-travam na saída da vila, no bloqueio da estrada.
Segundo explicou “Chico Cabeludo”, ele foi procurado na casa dele por Francisca para anunciar pelo valor de R$ 20,00 no equipamento de som de sua moto o pedido de alimento. “Ela me adiantou 10 re-ais, coloquei de combustível na moto e fiz o anúncio, mas depois sobrou pra mim, pois fui chamado a depor, embora estivesse fa-zendo um trabalho profissional de comunicador e publicidade”, esclarece.
Na avaliação de “Chico Cabeludo”, a intenção de Francisca era ajudar a arrecadar alimentos para atender às famílias que estavam no manifesto que interditou a estrada de acesso à vila de Serra Pelada.
Procurado, o delegado Tiago Carneiro Rodrigo, de Curionópolis, confirmou que Francisca e o pai dela, Manoel Zacarias, além de Francisco Aderbal, que também é candidato a vereador, entre outros nomes, estão sendo investigados pela polícia para saber o grau de envolvimento ou não no bloqueio da estrada e no ato de vandalismo praticado no pátio da empresa e na sede do sindicato dos garimpeiros.
A reportagem foi até a residência de Francisca, em Serra Pelada, às 9h55 de sexta-feira (24), mas a casa se encontrava fechada, sem ninguém no imóvel. A equipe de reportagem esteve também na casa de Francisco Aderbal, na vila, e foi informada por Leudiane que o pai dela, Aderbal, não se encontrava em casa.
Em Curionópolis, na residência de Manoel Zacarias, o Jornal foi informado por Kennedy, sobrinho de Zacarias, que o candidato a vereador não se encontrava na cidade. A todos estes contatos a equipe de reportagem deixou o número de celular para contato posterior, mas até o fechamento desta matéria não recebeu nenhuma ligação.
DEFESA DOS PRESOS
Até agora, a polícia já prendeu oito pessoas acusadas de envol-vimento no ato de vandalismo em Serra Pelada. Os acusados, que prestaram depoimento na DP de Curionópolis e na quarta-feira (22) foram transferidos para Marabá, são os indivíduos Ismael Alves da Cruz (26 anos), conhecido por “Neguinho”; Renato da Silva Cus-tódio (21 anos), Wanderson Moraes Barbosa (22 anos), conhecido por “Bil”; João Carlos Lima da Silva (30), conhecido por  João Corintiano”; Marco Maciel Lima da Silva (18 anos), conhecido por “Masquila”; Davi Monteiro Amorim (25 anos), conhecido por “Marabá”; e Kleber Barreto da Silva (46 anos), além do advo-gado Rodrigo Maia Ribeiro (35 anos) e dois adolescentes.
Em depoimento, Rodrigo Ribeiro negou envolvimento dele na manifestação de interdição da estrada e também na depredação da empresa, afirmando que quando esteve no movimento estava no exercício da profissão como advogado, em defesa dos direitos dos manifestantes, negociando entre a comunidade e os policiais a libe-ração da estrada.
Renato Custódio também nega ter participado da manifestação de obstrução da estrada de acesso a Serra Pelada e dos atos de van-dalismo e saque no pátio da empresa e na sede do sindicato dos garimpeiros.
Por seu turno, Wanderson Barbosa, o “Bil”, confessou que na noite do dia 18 foi procurado por um indivíduo de prenome Hélio, conhe-cido como “Piu”, para guardar cinco monitores LCD de compu-tadores, segundo “Bil”, sem saber a origem dos equipamentos.
Já os irmãos “João Corintiano” e “Masquila”; “Marabá”, “Neguinho” e Kleber Barreto confessam que participaram do ato de obstrução da estrada de acesso à vila, mas negam qualquer envolvimento deles na depredação da empresa, quando caminhões, escritórios, contêiner e automóvel foram incendiados, além de outros imóveis e moveis destruídos e depredados. (Vela Preta/Waldyr Silva)

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