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Francisco José Sobrinho |
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Rodrigo Maia Ribeiro |
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Davi Monteiro Amorim |
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Ismael Alves da Cruz |
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João Carlos Lima da Silva |
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Klebar Barreto da Silva |
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Marcos Maciel Lima da Silva |
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Renato da Silva Custódio |
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Wanderson Morais Barbosa |
A Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, continua investigando pessoas suspeitas de terem participado, direta ou indiretamente, do ato de vandalismo que provocou incêndio em dezenas de veículos, escritório e saque de material eletrônico no pátio de uma empresa que presta serviço no projeto de ferro Serra Leste, no distrito de Serra Pelada, e contra a sede de um sindicato.
O vandalismo ocorreu no início da noite do último dia 18, após a polícia ter acabado com o bloqueio da estrada que dá acesso à vila de Serra Pelada.
Em declarações prestadas à reportagem, na última sexta-feira (24), em Serra Pelada, Francisco José Sobrinho, conhecido por “Chico Cabeludo”, informou que fora chamado a prestar esclarecimentos à polícia, por ter sido convidado por uma mulher de prenome Fran-cisca, filha do candidato a vereador Manoel Zacarias, para anunciar o pedido de alimento para atender aos manifestantes que se encon-travam na saída da vila, no bloqueio da estrada.
Segundo explicou “Chico Cabeludo”, ele foi procurado na casa dele por Francisca para anunciar pelo valor de R$ 20,00 no equipamento de som de sua moto o pedido de alimento. “Ela me adiantou 10 re-ais, coloquei de combustível na moto e fiz o anúncio, mas depois sobrou pra mim, pois fui chamado a depor, embora estivesse fa-zendo um trabalho profissional de comunicador e publicidade”, esclarece.
Na avaliação de “Chico Cabeludo”, a intenção de Francisca era ajudar a arrecadar alimentos para atender às famílias que estavam no manifesto que interditou a estrada de acesso à vila de Serra Pelada.
Procurado, o delegado Tiago Carneiro Rodrigo, de Curionópolis, confirmou que Francisca e o pai dela, Manoel Zacarias, além de Francisco Aderbal, que também é candidato a vereador, entre outros nomes, estão sendo investigados pela polícia para saber o grau de envolvimento ou não no bloqueio da estrada e no ato de vandalismo praticado no pátio da empresa e na sede do sindicato dos garimpeiros.
A reportagem foi até a residência de Francisca, em Serra Pelada, às 9h55 de sexta-feira (24), mas a casa se encontrava fechada, sem ninguém no imóvel. A equipe de reportagem esteve também na casa de Francisco Aderbal, na vila, e foi informada por Leudiane que o pai dela, Aderbal, não se encontrava em casa.
Em Curionópolis, na residência de Manoel Zacarias, o Jornal foi informado por Kennedy, sobrinho de Zacarias, que o candidato a vereador não se encontrava na cidade. A todos estes contatos a equipe de reportagem deixou o número de celular para contato posterior, mas até o fechamento desta matéria não recebeu nenhuma ligação.
DEFESA DOS PRESOS
Até agora, a polícia já prendeu oito pessoas acusadas de envol-vimento no ato de vandalismo em Serra Pelada. Os acusados, que prestaram depoimento na DP de Curionópolis e na quarta-feira (22) foram transferidos para Marabá, são os indivíduos Ismael Alves da Cruz (26 anos), conhecido por “Neguinho”; Renato da Silva Cus-tódio (21 anos), Wanderson Moraes Barbosa (22 anos), conhecido por “Bil”; João Carlos Lima da Silva (30), conhecido por “João Corintiano”; Marco Maciel Lima da Silva (18 anos), conhecido por “Masquila”; Davi Monteiro Amorim (25 anos), conhecido por “Marabá”; e Kleber Barreto da Silva (46 anos), além do advo-gado Rodrigo Maia Ribeiro (35 anos) e dois adolescentes.
Em depoimento, Rodrigo Ribeiro negou envolvimento dele na manifestação de interdição da estrada e também na depredação da empresa, afirmando que quando esteve no movimento estava no exercício da profissão como advogado, em defesa dos direitos dos manifestantes, negociando entre a comunidade e os policiais a libe-ração da estrada.
Renato Custódio também nega ter participado da manifestação de obstrução da estrada de acesso a Serra Pelada e dos atos de van-dalismo e saque no pátio da empresa e na sede do sindicato dos garimpeiros.
Por seu turno, Wanderson Barbosa, o “Bil”, confessou que na noite do dia 18 foi procurado por um indivíduo de prenome Hélio, conhe-cido como “Piu”, para guardar cinco monitores LCD de compu-tadores, segundo “Bil”, sem saber a origem dos equipamentos.
Já os irmãos “João Corintiano” e “Masquila”; “Marabá”, “Neguinho” e Kleber Barreto confessam que participaram do ato de obstrução da estrada de acesso à vila, mas negam qualquer envolvimento deles na depredação da empresa, quando caminhões, escritórios, contêiner e automóvel foram incendiados, além de outros imóveis e moveis destruídos e depredados. (Vela Preta/Waldyr Silva)
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