terça-feira, 13 de novembro de 2012

Dentista é assassinado com requintes de perversidade em Marabá



Conhecido odontólogo em Marabá, Gilson José da Rosa, 38 anos, foi encontrado morto na manhã de ontem (segunda-feira), em sua casa, na Travessa Sérvulo Brito, Bairro Cidade Nova. O crime aconteceu na madrugada de segunda. De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), Gilson foi assassinado com 40 golpes de arma branca, segundo laudo necroscópico.
A diarista de prenome Gilmara, que trabalhava fazendo faxina na casa do odontólogo, ao chegar pela manhã à residência dele notou a ausência do carro da vítima na garagem. Em seguida, foi até o consultório de Gilson, na Avenida Nagib Mutran, e percebeu que ele também não se encontrava.
Gilmara retornou à casa do dentista e, ao subir as escadas, sentiu forte mau cheiro. Sem saber o que fazer, e pressentindo o pior, a diarista conta que foi até a casa de amigos próximos a Gilson Rosa comunicar o que havia acontecido. A Polícia Civil foi chamada e encontrou o corpo do dentista no quarto, no segundo andar da casa.
CONSTERNAÇÃO
Amigo de profissão e presidente do Sindicato dos Odontólogos do Estado do Pará, o dentista Marcell de Souza Ribeiro, 30 anos, informou que havia indícios de luta corporal no corpo de Gilson Rosa. Ele contou ainda que o carro da vítima foi encontrado numa barreira policial no Estado do Tocantins ainda na manhã de ontem (12). Segundo consta, as pessoas que estavam no veículo tentavam vendê-lo.
Marcell relatou que a polícia encontrou o quarto do odontólogo todo revirado. “Talvez possa ter sido furto”, apontou. Informações colhidas no local dão conta que Gilson Rosa teria marcado um encontro com duas pessoas pela internet, momentos antes do crime.
“Gilson sempre foi um sério profissional. Quem foi seu paciente sabe do caráter rígido dele. Ele também trabalhou muito tempo em Marabá pela Sespa [Secretaria Estadual de Saúde]. Bastante conhecido, ele era uma pessoa íntegra. Vamos acompanhar as investigações. Se Deus quiser, vamos encontrar o responsável pela situação”, informou o presidente do Sindicato dos Odontólogos, acrescentando que ficou sabendo “da triste notícia” por meio de telefonema de um conhecido.
Marcell lembrou que três anos atrás Gilson fora vítima de atentado e, na ocasião, levara uma facada no abdômen. Outro amigo do dentista, Sílvio Rosário, afirmou que Gilson Rosa morava sozinho havia muito tempo na cidade. Aqui em Marabá, ele tinha apenas uma cunhada e um sobrinho.
“Ele era pessoa de boa índole; trabalhador demais; não tinha inimizades; gostava de ajudar as pessoas. Numa situação dessas, a gente não tem nem o que falar”, expressou Sílvio, que teve o último contato com a vítima há duas semanas. O amigo declarou que recentemente uma tragédia marcou a família do dentista. Em Minas Gerais, um irmão de Gilson Rosa tirou a vida da mulher e, em seguida, se matou.
Amigos e conhecidos do dentista, à medida que iam sabendo da notícia, deslocavam-se até a casa dele. Uma amiga chegou até a desmaiar em frente à residência.
Às 18 horas de ontem, o corpo da vítima foi trasladado de avião para a cidade de Lagoa Formosa (MG), lugar em que Gilson nasceu e onde residem sua mãe e demais familiares. Gabriel Rosa, sobrinho do odontólogo, esteve no IML tratando da liberação do corpo e do traslado.
INVESTIGAÇÕES
De acordo com informações da Polícia Civil, foi ventilada a possibilidade de serem trazidos a Marabá ainda ontem os suspeitos do assassinato de Gilson Rosa, mas até o fechamento desta edição não acontecera.
Segundo o delegado José Humberto de Melo Júnior, diretor da 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, o caso já está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios. A autoridade, entretanto, não forneceu à Imprensa os nomes dos envolvidos no tenebroso homicídio, segundo ele, para não atrapalhar as investigações. (Emilly Coelho, CT)

Nenhum comentário:

Postar um comentário