quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Polícia fecha loja acusada de ludibriar clientes com ‘compra premiada’






Depois de receber denúncias na última sexta-feira (10), dando conta que uma loja especializada no sistema de “compra premiada” estaria adulterando o peso das bolas do globo para não contemplar nenhum cliente do consórcio, o delegado Antonio Miranda Neto acionou uma equipe de investigadores e foi até o local indicado para conferir a denúncia.
De posse das informações, delegados e investigadores foram até a loja, localizada na Rua Bom Jesus nº 1458, Bairro Betânia, e do interior de um carro descaracterizado verificaram durante alguns minutos o serviço de sorteio executado pelo dono da loja, Antonio Conceição Xavier, e a secretária deste, Maria do Amparo Ferreira.
Em seguida, os policiais saíram do interior do veículo e surpreenderam o pessoal fazendo o sorteio dos prêmios. Na verificação do funcionamento do globo, de acordo com depoimento do investigador Walter Gomes da Silva, foi percebido que determinada bola não passava no orifício do globo, e por esse motivo não contemplava os consorciados que aderiram ao sistema de compra premiada.
Ouvido pela reportagem, o cliente Raimundo Ferreira da Silva disse que por duas vezes chegou a assistir aos sorteios no globo, mas percebeu que havia algo errado, porque só saía contemplado cliente que se encontrava com prestação atrasada, e por isso não recebia o prêmio.
Raimundo Ferreira informou que paga o consórcio de uma moto, com prestação no valor de R$ 192,00, que ele diz vir pagando há dois anos e quatro meses. O cliente sustenta que nunca tomou conhecimento que houve ganhador na compra premiada.
Autuado em flagrante delito por prática de fraude, Antonio Conceição Xavier, 59 anos, natural de Santa Inês (MA), residente na Rua Dom Pedro II nº 229, Bairro Santo Antonio, em Santa Inês (MA), declarou à reportagem que possui dois empreendimentos denominados “Compra Premiada Kita Fácil”, um instalado na Rua Bom Jesus, Bairro Betânia, e outro no Bairro da Paz, em Parauapebas.
Segundo o acusado, ele opera há dois anos com a atividade econômica, com a formação de seis grupos de 48 consorciados na loja do Bairro da Paz e quatro grupos com a mesma quantidade de consorciados no Betânia, com sorteios dos prêmios realizados nos dias 10 e 11 de cada mês.
Antonio Conceição confessou que o faturamento médio das duas lojas gira em torno de R$ 17 mil por mês. Na abordagem, a polícia apreendeu na loja do Bairro Betânia a importância de R$ 4.594,00 em espécie, supostamente referente a arrecadação de pagamento de carnês de sua clientela. (Vela Preta/Waldyr Silva)

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