sábado, 18 de fevereiro de 2012

Homem come peixe do amigo e paga com a própria vida na zona rural



Discussão entre dois homens por causa de um peixe acabou com um deles sendo executado com um tiro de espingarda no rosto. O homicídio ocorreu por volta de 1h20 da madrugada desta sexta-feira (17) no assentamento Valentim Serra, no PA União, no sítio Santa Luzia, zona rural de Marabá, a 35 quilômetros do centro de Parauapebas.
A vítima foi um homem identificado apenas por Lourival, do município de Eldorado do Carajás, e o acusado foi Cláudio Matias Pinto, que após o homicídio se evadiu do local para rumo ignorado.
De acordo com José Lima dos Reis, proprietário do sítio Santa Luzia, onde ocorreu o homicídio, Lourival e Cláudio estavam ingerindo cachaça “51” em companhia de mais duas pessoas. Em dado momento, os dois começaram a discutir sobre um peixe que Cláudio havia pescado e Lourival insistia em fritar e comer, mas o dono do pescado não autorizava.
No calor da discussão, Lourival teimou, botou o pedaço de peixe numa frigideira e passou a tirar gosto da pinga com o delicioso peixe pertencente a Cláudio Pinto. Depois disso, Cláudio se apoderou de uma espingarda tipo “por fora”, disparou um tiro para cima e recarregou caprichosamente a arma, para em seguida disparar contra o rosto do comedor de peixe, que morreu instantaneamente no local.
Francisco Gomes Monteiro, que presenciou a discussão dos dois homens, acrescenta que após Lourival ter comido o peixe, Cláudio desferiu um soco em Lourival, que teria dito que a situação não ficaria assim, “pois em homem não se bate”, fato que deixou Cláudio irritado.
“Eu já estava dormindo e acordei com o pipoco do tiro disparado na cara do Lourival, que caiu no chão e morreu ali mesmo”, explica Francisco Gomes, acrescentando que ele e o amigo Clemilson ainda saíram à procura de Cláudio, mas ele fugiu na escuridão da noite.
Uma guarnição da Delegacia de Conflitos Agrários, liderada pelo delegado Victor Leal, se deslocou de Marabá para o local do homicídio, mas retornou ontem mesmo por entender que o crime não estava relacionado a conflitos agrários.
Deslocou-se também de Marabá uma equipe de peritos do IML sob a liderança do perito Guidoval Girard, para fazer o levantamento do assassinato. (Vela Preta/Waldyr Silva)

Nenhum comentário:

Postar um comentário