terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Homem acusado de matar companheira se entrega à polícia

Francildo Campos
 
Família da vítima na delegacia

Medianera Silva, a vítima

Acuado por várias diligências efetuadas pela Polícia Civil, Francildo Parda Campos, 26 anos, natural de Pedreiras (MA), residente na Rua Frankfurt, Bairro Bela Vista, em Parauapebas, se entregou à polícia na tarde do último sábado (25). Francildo Campos é acusado de ter matado a companheira dele, Midianera Silva e Silva, 27 anos, com quatro facadas desferidas nas costas. O crime ocorreu na última quinta-feira (23), na residência da mãe da vítima, localizada na Rua Estocolmo, Bairro Vila Rica, em Parauapebas.
No momento em que familiares da vítima tomaram conhecimento que Francildo Campos havia se entregado à polícia, vários membros da família de Midianera Silva se deslocaram para a delegacia, onde permaneceram no local até tarde da noite para se cientificar que o assassino estava mesmo atrás das grades.
“Um monstro desses tem que pagar na cadeia pelo mal que ele fez para minha filha, pois só eu sei a dor que estou sentido agora, e ao mesmo tempo um pouco aliviada em ver que ele está preso, apesar de não ter minha filha de volta”, declarou à reportagem na porta da delegacia a dona de casa Maria do Socorro Silva e Silva, mãe de Midianera Silva.
Ela acrescenta que por muitas vezes aconselhou a filha a deixar o marido por causa da violência praticada contra a mulher e os próprios filhos dela, mas ela tinha medo, porque o homem a ameaçava de morte, caso ela deixasse ele ou o denunciasse à polícia.
“Meu temor é que depois dos depoimentos ele seja solto por meio de habeas corpus, mas tenho fé na justiça divina que ele vai apodrecer na cadeia pelo bárbaro e covarde crime que cometeu, tirando a vida de minha sobrinha”, declarou Francisco da Conceição, tio da vítima.
Reginaldo Matos Fernandes, padrasto de Midianera Silva, contou para a reportagem que minutos antes do crime Francildo Campos chegou tranquilamente ao pequeno comércio, pediu uma pinga para Reginaldo, bebeu a cachaça, pagou e entrou para o quintal da casa onde a vítima estava lavando roupa. “Minutos depois, ouvi os gritos das crianças, avisando que Francildo tinha esfaqueado a mãe deles”, detalha Reginaldo Fernandes.
Para o delegado Antonio Miranda Neto, titular da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, Francildo Campos só se entregou em virtude das diligências desencadeadas pela polícia, que estava prestes a colocar as mãos no acusado.
Para o delegado Miranda, o assassino ainda se encontrava no período de flagrante, por causa das operações diligenciadas pela polícia desde a quinta-feira (23), quando ocorreu o uxoricídio (assassinato da mulher pelo próprio marido).
À reportagem do CT, Francildo Campos confessou que matou a companheira dele porque ela mentiu pra ele, dizendo que ia olhar um lote pertencente a uma irmã dela, na Vila Palmares Sul, “mas ela foi para a zona rural sem me avisar, no domingo (19), só retornando na quarta-feira de Cinzas”.
Ele conta que tomou conhecimento que a mulher dele o estava traindo com um homem de prenome Batista, com quem um filho menor de idade tinha visto ela tomar banho pelada.
Na discussão entre ambos, minutos antes do assassinato, Francildo Campos relata que Midianera teria dito que ele era corno, cacha-ceiro, moleque, frouxo e brocha, e foi empurrado pela mulher. Com o xingamento, ele diz que avistou uma faca sobre o fogão e desferiu vários golpes no corpo da vítima, que veio a falecer.
Francildo Campos acrescenta que após o crime se deslocou para a zona rural, onde, por rádio, tomou conhecimento que Medianera havia falecido em consequências dos ferimentos, “e então resolvi me entregar à polícia, acompanhado de advogado, muito arrependido do ato que pratiquei”. (Vela Preta/Waldyr Silva)

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