terça-feira, 28 de junho de 2011

Sargento da PM é executado a paulada e golpes de facão em Parauapebas

Corpo de Clóvis observado por cabo Alan e sargento Pamplona

Sargento Nunes

Marcelo Araújo Brilhante

Acontece nesta terça-feira (28) em Parauapebas o enterro do sargento PM Luís da Costa Nunes, que foi trucidado e morto por volta de meia-noite e meia desta segunda-feira (27) a pauladas e golpes de facão, crime cometido por três elementos, um dos quais foi executado pela polícia, outro que se encontra preso e o terceiro indivíduo que ainda não foi localizado.
Sargento Nunes tinha 45 anos de idade, residia na Rua São João nº 18, Bairro da Paz, Parauapebas, onde o corpo foi velado e estava há 25 anos servindo a Polícia Militar. Na tarde de ontem (segunda-feira), a vítima foi homenageada pelos colegas de farda no quartel local da guarnição.
O CRIME
De acordo com depoimento prestado na delegacia de Polícia Civil pelo sargento PM Pamplona, ele tomou conhecimento da execução do sargento Nunes por volta de meia-noite e meia via rádio.
Chegando ao local, na Rua Afonso Pena, em frente à praça do Bairro Altamira, acompanhado dos cabos PM Alan da Silva Pereira e Manoel de Assis Gonçalves, o depoente constatou que a vítima era o sargento Nunes, cujo corpo se encontrava no chão ensanguentado e com os pulsos cortados, inclusive com uma das mãos decepadas.
Nas imediações do local foram encontrados dois pedaços de madeira e um terçado, provavelmente utilizados na execução do policial. Foi levantado que os autores do homicídio seriam os elementos Marcelo Araújo Brilhante (preso), Clovis Ramos de Oliveira (executado) e um terceiro conhecido apenas pelo apelido de “Fininho”, que se encontra foragido.
Após várias buscas, a polícia localizou e apreendeu uma moto de marca Honda modelo CG 150 Sport, de cor vermelha e placa JVF 7651 (Parauapebas), em poder de Marcelo Brilhante, que seria proprietário da moto.
Detido, Marcelo confessou que havia participado da discussão com o policial, mas que os golpes de facão contra o sargento teriam sido feitos por Clóvis, que minutos depois foi localizado escondido no forro da casa e ao receber voz de prisão desceu com uma arma calibre 38 em punho e tentou disparar contra a polícia, que se defendeu e alvejou o acusado, que morreu antes de ser conduzido ao hospital. Mais tarde, foi constatado que a arma que estava em poder de Clóvis pertencia ao sargento Nunes.
No depoimento do capitão Luiz Pontes, ele narra que os acusados arrancaram o policial de dentro do veículo e aplicaram vários golpes na cabeça e braços da vítima, decepando uma das mãos e furtando o relógio de pulso. Sargento Nunes veio a óbito ainda no local das agressões.
Em conversa com o IPC Valmir, a Polícia Civil tomou conhecimento de que uma pessoa estava sendo espancada e retirada do interior do veículo por três elementos. Minutos depois, chegou a informação que o homem espancado havia sido executado com espancamentos e facadas, que seria um policial militar.
O investigador Valmir acrescenta que chegou até o local indicado e constatou que o PM morto era o sargento Nunes. “Baseados nos levantamentos preliminares que fizemos no local do crime, saímos no encalço dos matadores do policial e apuramos com populares que a confusão com o sargento Nunes ocorreu no interior de um bar, no Bairro Altamira, onde os acusados estavam bebendo juntos”, detalha o investigador, adicionando que o policial morto estava desarmado.
Ouvido pela reportagem do CT, Marcelo Araújo Brilhante (Rua Monte Ararat nº 5, Bairro Altamira) disse que estava afastado da confusão, quando observou que Clovis e “Fininho” estavam agredindo o policial com pedaço de pau e um facão.
Indagado qual era sua participação na execução do sargento, Marcelo respondeu que foi preso “porque eu estava bebendo com o Negão (Clovis), que era pedreiro do meu pai, mas não tenho nenhuma participação na morte do policial”, defende-se o acusado.
Sobre os motivos que levaram os assassinos a acabar com a vida do policial militar, Marcelo Brilhante disse desconhecer as razões do homicídio, “porque eu não presenciei a morte dele, pois eu estava detido dentro da viatura da polícia”. (Reportagem: Vela Preta; redação: Waldyr Silva)

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