quinta-feira, 5 de maio de 2011

Polícia fecha abatedouro clandestino

Lúcio Francisco dos Santos

Açougue com carne exposta sem proteção
 
Delegado Thiago Carneiro Rodrigues


Após recebimento de denúncia da própria população, a polícia interditou em Parauapebas, por volta das 17 horas da última terça-feira (3), as instalações de um abatedouro clandestino de animais bovinos e suínos localizado na estrada de acesso à ferrovia.
A operação foi deslanchada por uma guarnição das polícias Militar e Civil, com apoio de técnicos da Vigilância Sanitária e da Adepará, sob o comando do delegado Thiago Carneiro Rodrigues, de Curionópolis, que foi emprestado para esta operação à 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil em Parauapebas.
De acordo com o delegado, as condições de higiene no matadouro clandestino, que a imprensa não pôde acompanhar, eram péssimas, e por isso o estabelecimento foi fechado e lacrado.
A autoridade policial lembra que alguns responsáveis pelo abate de animais no município já foram notificados pelo Ministério Público para se adequarem às normas de higiene e armazenamento da carne, mas eles teimam em agir desrespeitando os padrões exigidos por lei, e agora podem ser punidos pelos seus atos.
CULTURA
Ouvido pela reportagem, o presidente da Cooperativa Mista dos Açougueiros de Parauapebas (Coopmap), Lúcio Francisco dos Santos, assegura que a entidade que ele presidente não comercializa carne de origem duvidosa, no caso os matadouros clandestinos, e por isso ele vem lutando para instalação de matadouro público no município.
Indagado sobre a carne que geralmente os açougueiros expõem nos mercados sem nenhuma proteção, ao invés de acondicionar em geladeiras, o presidente da Coopmap justifica que este costume é muito difícil de ser deixado de lado, “porque os próprios consumidores da região têm a cultura de comprar carne pendurada nos ganchos, in-natura, do jeito que ela vem do matadouro”, diz ele.
Segundo Lúcio Francisco, hoje a cooperativa conta em seus quadros com 229 açougueiros cooperados à entidade, mas este número deve chegar a mais de 300 comerciantes de carne na cidade. (Reportagem: Vela Preta; redação: Waldyr Silva)

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