sábado, 28 de janeiro de 2012

Quantidade de veículos com placas clonadas preocupa autoridades

Delegado Antonio Miranda

Gerente Jales Pereira
 
Despachante Ivanildo de Jesus



O grande índice de denúncias relativas à clonagem de placa de veículos vem preocupando as autoridades policiais e de fiscalização de trânsito em Parauapebas. O pátio local da 20ª Sucursal de Polícia Civil se encontra lotado de veículos, entre carros e motos, apreen-didos por estarem com placas adulteradas.
Procurado pela reportagem nesta sexta-feira (27), o delegado An-tonio Miranda Neto, diretor da 20ª Sucursal de Polícia Civil no mu-nicípio, revelou que só no ano passado a delegacia local apreendeu, entre motos e automóveis, mais de 20 veículos com as placas clona-das de outros carros.
“Infelizmente, as regiões sul e sudeste do Pará são muito atrativas para este tipo de ilicitude”, enfatiza a autoridade policial, garantindo que muitos dos culpados por este tipo de crime estão respondendo na Justiça pelo crime que praticaram.
Antonio Miranda destaca a importância de os demais órgãos fiscalizadores como Detran, Polícia Rodoviária (estadual e federal) e Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT) intensi-ficarem diariamente nas rodovias e cidades blitze com o objetivo de identificar eventuais veículos com placas clonadas, checando não apenas a documentação, mas também o chassi, em caso de suspeitas.
Outra deficiência apontada pelo delegado para identificar a documen-tação ou veículo com suspeita de alguma adulteração é a demora da perícia na unidade local do Instituto de Criminalística Renato Cha-ves, que abriga o Instituto de Medicina Legal (IML), em virtude da falta de peritos fixos em Parauapebas.
Na avaliação de Jales Pereira dos Santos, gerente da agência do De-tran em Parauapebas, este tipo de crime não ocorre somente no mu-nicípio, mas em todo o Brasil. Ele revela que o Detran tem recebido várias reclamações de donos de veículos se queixando que tiveram o carro multado em cidades onde eles nunca estiveram antes.
Jales Pereira ratifica a necessidade de haver fiscalização de veículos com mais intensidade na cidade, em operações que devam contar com agentes de todos os órgãos responsáveis pelos setores de trân-sito e transporte.
O gerente da agência do Detran lembra, no entanto, que o pro-prietário de veículo lesado neste tipo de crime pode entrar em tempo hábil com recurso junto ao órgão para não pagar a multa sofrida pelo carro que usava ilegalmente o número de sua placa.
De acordo ainda com Jales Pereira, é necessário também que haja rigorosa fiscalização nas indústrias que têm autorização do Detran para confeccionar placas para veículos, “porque ninguém produz essas placas clonadas no quintal de casa”, observa.
À reportagem, o produtor de autoplacas Ivanildo de Jesus dos San-tos, conhecido por “Neguinho”, conta que já foi abordado algumas vezes por pessoas querendo produzir placas, sem a competente apresentação do documento do veículo, mas ele garante que não atendeu ao suposto cliente.
“Neguinho” explica que a obrigação dele, na hora de fazer uma pla-ca, é pedir a documentação do veículo, tirar uma cópia e arquivar para eventual fiscalização pelos órgãos competentes. (Vela Preta-Waldyr Silva)

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