quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Tiro na nuca ceifa vida de trabalhador


Josian de Oliveira Sales, de 31 anos, morador do Bairro Rio Verde, em Parauapebas, jamais imaginaria que na manhã de segunda-feira (25) sua ida ao trabalho seria a última de sua vida. Ele foi alvejado com um tiro na nuca por um homem que estava na garupa de uma motocicleta amarela, ao lado do Cemitério do Bairro Rio Verde, quando estava a caminho da parada de ônibus para ir ao trabalho na Serra dos Carajás. Josian de Oliveira morreu no local do crime.

O irmão da vítima, Jean Rodrigues de Oliveira Sales, relatou na 20ª Seccional de Polícia Civil em Parauapebas que a vítima há cerca de seis meses se relacionava com uma adolescente de 17 anos, moradora do Bairro Cidade Jardim. A moça tem um avô de criação, de prenome Clodomildo, que demonstrava ter ciúmes dela.

No início do namoro, o avô mostrou simpatia com Josian. No entanto, com o decorrer do tempo, quando percebeu que o namoro começou a ficar mais sério, Clodomildo passou a denegrir a imagem da adolescente para a vítima, que veio a comentar com o irmão Jean de Oliveira Sales.

O avô da moça, em um encontro que teve com Josian, quando estava há apenas um mês namorando com a moça, chegou a perguntar como era o namoro do casal, entre outras intimidades. Desconfiado, Josian se afastou de Clodomildo e a adolescente também.

A moça contou ainda para Josian que os seus namorados anteriores terminavam com ela sem motivo algum e disse também estar desconfiada que o avô os ameaçava. O rapaz chegou a falar para o irmão que não tinha inimizade com ninguém e que, se acontecesse algo contra a sua vida, o responsável seria Clodomildo.

Perseguição?
Jean Rodrigues Sales disse ainda na Depol que Clomildo criou um "fake" (perfil falso) no Facebook, apenas com o intuito de denegrir a imagem da adolescente perante a vítima. Antes do crime, a moça teve ainda seu celular furtado por uma assaltante que afirmava conhecer de algum lugar.

A polícia colheu informações dando conta de que populares que estavam no local do crime viram Josian caminhando em direção à parada de ônibus, quando se aproximaram dois rapazes em uma moto amarela, usando capacete. O homem da garupa teria descido da moto, disparou logo em seguida na nuca da vítima, dizendo: “Isso aqui é para resolver aquela parada lá”.

Segundo ainda o irmão da vítima, Josian de Oliveira não era usuário de drogas, não bebia e tampouco gostava de festas. “Era quieto e não tinha inimizades, ao contrário, possuía muitos amigos, e depois do namoro com a adolescente ele era do trabalho para a casa, e ainda para a casa da sua namorada”, resumiu Jean Rodrigues em depoimento.

O irmão desconfia que o autor do crime seja Clodomildo, já que a vítima estava temendo que este tentasse alguma coisa contra sua vida. (Vela Preta/Emilly Coelho)

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