quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Caso Ana Karina: Minêgo será o primeiro a passar pelo Tribunal do Júri nesta quinta-feira



Começa nesta quinta-feira (21), no Fórum de Parauapebas, o julgamento de Florentino de Sousa Rodrigues, o Minego, um dos acusados da morte da comerciaria Ana Karina Matos Guimarães, assassinada no dia 10 de maio de 2010. O corpo da vítima, que estava grávida de nove meses, nunca foi encontrado.

Os demais envolvidos no assassinato da moça que ainda não têm data para serem julgados são os indivíduos Alessandro Camilo de Lima, o Macarrão; Francisco de Assis Dias, o Magrão; Graziela Barros Almeida; e Pedro Ribeiro Lordeiro.

O julgamento será presidido pelo juiz Líbio Araújo Moura, titular da 3ª Vara Penal da Comarca de Parauapebas, a partir das 8h30. A área do Fórum deverá ser cercada e o trânsito desviado no dia do júri popular. Além disso, há espaço limitado para as pessoas que desejarem acompanhar o julgamento.

Denúncia
De acordo com a denúncia ofertada pelo Ministério Público, o acusado Alessandro Camilo de Lima manteve um relacionamento amoroso com Ana Karina, com quem saiu algumas vezes em 2009, engravidando-a. Após a gravidez, a vítima passou a cobrar o pai da criança para auxiliar nos cuidados com a gravidez, no reconhecimento da paternidade do bebê e com os custos do parto, mas a vítima foi assassinada 10 dias antes da data marcada para ter a criança.

Ainda de acordo com o MP, Ana Karina queria que Alessandro Camilo pagasse R$ 6 mil para que o parto fosse realizado em um hospital particular e alegava que poderia revelar o caso à noiva do acusado, a também denunciada Graziela Barros de Almeida. O relacionamento entre Ana Karina e Alessandro Camilo era conhecido por poucas pessoas, entre elas a mãe da vítima, Maria Iris Guimarães.

Ainda segundo o que foi apurado pela polícia e compõe a denúncia do MP, nos dias anteriores à morte Ana Karina manteve contatos telefônicos com Alessandro Camilo, cobrando uma solução para o caso. Alessandro, então, decidiu acabar com a vida da ex-namorada, contando para isso com o apoio dos demais réus. No dia da morte ele marcou um encontro com a vítima na esquina da Rua C com Rua 4, local em que eles haviam se encontrado outras vezes.

Na saída para o encontro, por volta das 19 horas, a vítima foi seguida, sem perceber, por sua mãe, até quando entrou numa camionete Hilux de Alessandro. Essa foi a última vez em que Karina foi vista. O MP acredita que o acusado teria atraído a vítima para um espaço ermo às imediações do Detran e do clube City Park, onde já se encontravam Magrão e Minego.

Pela apuração feita pela Polícia Civil, e aprofundada pela promotoria, Magrão seria o pistoleiro responsável pela morte e Florentino teria auxiliado na ocultação do cadáver. De acordo com as investigações, o primeiro receberia R$ 5 mil e o segundo R$ 15 mil em carnes oriundas das fazendas de Alessandro Camilo.

A polícia acredita que, no momento em que o casal chegou ao local, Francisco sacou uma pistola 380 mm, cedida por Pedro Lordeiro a Alessandro, e alvejou diretamente a vítima com quatro ou cinco disparos. Em seguida, o trio colocou o corpo da vítima em um tonel levado pelo acusado Alessandro na caçamba de seu veículo.

De acordo com o MP, o corpo de Ana Karina foi colocado nesse tonel, ao qual foram acrescentados 70 quilos de pedra e, em seguida, jogado da ponte do Rio Itacaiúnas. O Ministério Público afirma ainda que a motivação do crime seria a intenção de Alessandro em não pagar pensão alimentícia à criança aguardada por Ana Karina, além de evitar que o conhecimento da situação abalasse o relacionamento que ele mantinha com a denunciada Graziela Barros.

Os promotores Danylo Pompeu Collares e Guilherme Chaves Coelho afirmam na denúncia, entretanto, que Graziela Barros sabia detalhes acerca do modo de execução e da forma de ocultação do cadáver. Ela teria, inclusive, revelado isso quando saía da cidade, dias após o crime, sendo levada por Florentino Sousa até Curionópolis. Já o réu Pedro Lordeiro é acusado de auxiliar nos crimes, com a cessão da arma e, depois, guardando o objeto.

Durante as investigações, a Polícia Civil ouviu 26 testemunhas e o inquérito, aberto por portaria, reuniu seis volumes, cada um com aproximadamente 200 folhas. Ainda durante esse período foram colhidos os interrogatórios de todos os denunciados, requisitadas perícias em celulares, bilhetes, cápsulas e do veículo apontado como tendo sido utilizado no dia do crime. (Redação: Luciana Marschall; arte fotográfica: Zé Dudu)


2 comentários:

  1. Esses reus tem que pagar tem que penar ate a morte pela crueldade que eles fizerao com essa jovem inocete e uma covardia o que elis fizerao..

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  2. Esses reus tinha que pagar na mesma moeda.

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