A noite de ontem, segunda-feira (25),
foi sangrenta em Marabá. Em um curso espaço de tempo, duas pessoas foram
assassinadas enquanto caminhavam na rua. Dois dias antes, no sábado (23), um
adolescente foi eliminado dentro da própria casa em que morava. Todos os crimes
foram execuções cometidas pela temida dupla da motocicleta preta.
Em Morada Nova, por volta de 20h30 de
ontem, Ducilene Ferreira Magalhães, 40 anos, foi executada a tiros, enquanto
caminhava pela Rua Principal do bairro. Quando ela estava em uma calçada, em
frente a uma farmácia, dois homens em uma motocicleta Honda Fan preta pararam,
o da garupa desceu com arma em punho e efetuou cinco disparos.
Vestindo roupas escuras e capacete na
cabeça, os dois fugiram em seguida, deixando para trás o corpo já sem vida de
Ducilene. A mulher era conhecida por ter distúrbios mentais e vagar por toda a
cidade de Marabá, mas não se sabe se ela tinha algum envolvimento com a
criminalidade. A vítima morava na Rua Sílvio de Abreu, na Marabá Pioneira,
junto com os pais.
“A lei do silêncio está operando no
local. Ninguém fala nem mesmo como foi que aconteceu ou quem a matou”, afirmou
o sargento PM Antônio Soares, que comanda o Destacamento da Polícia Militar no
bairro. Ele acrescentou ainda que, aparentemente, a vítima foi atingida
primeiramente pelas costas. “Parece que ela foi alvejada pelas costas e, ao
cair, houve mais um tiro à queima roupa contra a cabeça”, disse.
BELO HORIZONTE
Nem a presença de uma igreja inibiu dois
atiradores de executarem, a sangue frio, Otacízio Marques de Souza, 42 anos,
também na noite de ontem (25), na esquina entre a Avenida Manaus e a Rua
Cuiabá, ao lado da igreja católica, no Bairro Belo Horizonte.
Segundo informações da ex-mulher dele,
identificada apenas como Ivonete, o homem estava com a filha do casal no colo e
havia acabado de comprar milho cozinho, quando dois desconhecidos em uma
motocicleta Pop 100, de cor preta, utilizando roupas escuras se aproximaram. O
homem da garupa desceu do veículo e mirou o revólver na cabeça de Otacízio
anunciando um assalto, provavelmente para que ele soltasse a menina.
A vítima colocou a filha no chão e, em
seguida, o homem efetuou os disparos, fugindo logo depois. Otacizio caiu no
meio da rua e morreu na hora. A Polícia Militar foi chamada e chegou a fazer
rondas nas redondezas, mas não encontrou suspeitos.
Testemunhas afirmam que Otacízio mora
próximo do local onde o crime aconteceu. “A situação ainda está bem conturbada
por aqui, mas policiais militares que viram o corpo informaram que ele já foi
preso várias vezes”, afirmou o cabo PM R.Lopes.
Uma dessas prisões foi acompanhada pela equipe
do CORREIO DO TOCANTINS em novembro de 2011. Na época, ele foi abordado pela
Polícia Militar enquanto dirigia um caminhão furtado pela Rodovia
Transamazônica (BR-230). Apesar desse passado, não se sabe qual a motivação
para a morte. “Não posso fazer pré-julgamento e agora a polícia judiciária é
que vai fazer a investigação”, acrescentou o militar.
Otacízio era morador da Rua Goiânia, na
Vila Poupex. Enquanto o corpo ainda estava caído no chão, aguardando a chegada
dos peritos do Centro de Perícias Científicas "Renato Chaves",
Ivonete chegou e fez o reconhecimento do corpo.
EM CASA
Na noite de sábado (24), o adolescente
Fagner Oliveira da Silva, 17 anos, foi assassinado dentro de casa, na Quadra 12
da Folha 6. Raimundo Nonato Teixeira Viana procurou a delegacia e informou que
havia saído de casa em companhia da companheira por volta das 11 horas para
almoçarem na casa de uma amiga.
O casal retornou para a residência, onde
Fagner estava, por volta das 18h50 e, ainda de acordo com Raimundo, após 10
minutos um homem, de capacete, invadiu a residência e efetuou um disparo de
arma de fogo contra Fagner.
Raimundo contou à Polícia Civil que
correu para o quarto onde estava a mulher e fechou a porta, ouvindo mais dois
tiros. Quando os estampidos cessaram, o casal saiu do quarto e encontrou Fagner
caído, agonizando. O sargento Ademir, que atendeu à ocorrência junto com sua
guarnição, informou que ao chegar à casa, a vítima baleada ainda estava viva.
O serviço de resgate do Samu foi
chamado, mas, quando chegou ao local, 10 minutos depois, já encontrou o rapaz
sem vida. “Ainda tentaram reanimá-lo, mas ele já estava morto. Soubemos por
alto que foram dois rapazes que chegaram em uma motocicleta Biz e, enquanto um
ficou aguardando, o outro desceu e efetuou três tiros contra o rapaz”, afirmou
o policial. O adolescente, ainda de acordo com a Polícia Militar, também tinha
passagens pela delegacia. (Luciana Marschall, do CT)
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