quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Tiro na nuca ceifa vida de trabalhador


Josian de Oliveira Sales, de 31 anos, morador do Bairro Rio Verde, em Parauapebas, jamais imaginaria que na manhã de segunda-feira (25) sua ida ao trabalho seria a última de sua vida. Ele foi alvejado com um tiro na nuca por um homem que estava na garupa de uma motocicleta amarela, ao lado do Cemitério do Bairro Rio Verde, quando estava a caminho da parada de ônibus para ir ao trabalho na Serra dos Carajás. Josian de Oliveira morreu no local do crime.

O irmão da vítima, Jean Rodrigues de Oliveira Sales, relatou na 20ª Seccional de Polícia Civil em Parauapebas que a vítima há cerca de seis meses se relacionava com uma adolescente de 17 anos, moradora do Bairro Cidade Jardim. A moça tem um avô de criação, de prenome Clodomildo, que demonstrava ter ciúmes dela.

No início do namoro, o avô mostrou simpatia com Josian. No entanto, com o decorrer do tempo, quando percebeu que o namoro começou a ficar mais sério, Clodomildo passou a denegrir a imagem da adolescente para a vítima, que veio a comentar com o irmão Jean de Oliveira Sales.

O avô da moça, em um encontro que teve com Josian, quando estava há apenas um mês namorando com a moça, chegou a perguntar como era o namoro do casal, entre outras intimidades. Desconfiado, Josian se afastou de Clodomildo e a adolescente também.

A moça contou ainda para Josian que os seus namorados anteriores terminavam com ela sem motivo algum e disse também estar desconfiada que o avô os ameaçava. O rapaz chegou a falar para o irmão que não tinha inimizade com ninguém e que, se acontecesse algo contra a sua vida, o responsável seria Clodomildo.

Perseguição?
Jean Rodrigues Sales disse ainda na Depol que Clomildo criou um "fake" (perfil falso) no Facebook, apenas com o intuito de denegrir a imagem da adolescente perante a vítima. Antes do crime, a moça teve ainda seu celular furtado por uma assaltante que afirmava conhecer de algum lugar.

A polícia colheu informações dando conta de que populares que estavam no local do crime viram Josian caminhando em direção à parada de ônibus, quando se aproximaram dois rapazes em uma moto amarela, usando capacete. O homem da garupa teria descido da moto, disparou logo em seguida na nuca da vítima, dizendo: “Isso aqui é para resolver aquela parada lá”.

Segundo ainda o irmão da vítima, Josian de Oliveira não era usuário de drogas, não bebia e tampouco gostava de festas. “Era quieto e não tinha inimizades, ao contrário, possuía muitos amigos, e depois do namoro com a adolescente ele era do trabalho para a casa, e ainda para a casa da sua namorada”, resumiu Jean Rodrigues em depoimento.

O irmão desconfia que o autor do crime seja Clodomildo, já que a vítima estava temendo que este tentasse alguma coisa contra sua vida. (Vela Preta/Emilly Coelho)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Imagens de carro derrubam assaltantes em Parauapebas


Dois homens foram presos e um adolescente apreendido na madrugada de sexta-feira (22), após o carro em que estavam ter tido a imagem gravada por câmeras de segurança durante um assalto ocorrido horas antes. Magno Lopes Correia, 21 anos; Moisés Nascimento Silva, 20 anos; e o menor, de 17 anos, foram conduzidos pela Polícia Militar, que os encontrou em um bar.

O assalto aconteceu em um posto de combustíveis no Bairro Cidade Nova, por volta de 1 hora da madrugada. Apesar de os três envolvidos estarem utilizando camisetas no rosto, as câmeras flagraram a placa NEX-1292 (Tailândia) do carro Celta no qual a quadrilha fugiu. Durante o assalto, eles renderam o vigia e roubaram o dinheiro que havia em caixa, utilizando para isso duas espingardas calibre 36.

De acordo com o sargento PM Ademilson e o cabo J.Júnior, responsáveis pela prisão, o proprietário do posto acionou a polícia logo após o crime e disponibilizou as imagens. Os policiais saíram à procura do veículo com as mesmas características, encontrando-o em um estabelecimento por volta das 5 horas. Com eles foram encontradas as armas. Os três foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil e apresentados ao delegado Nelson Alves Júnior. Ouvidos pela Reportagem, Moisés e Magno informaram não se lembrarem do que aconteceu naquela noite. (Vela Preta/Luciana Marschall)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Três execuções nas últimas 48 horas em Marabá



A noite de ontem, segunda-feira (25), foi sangrenta em Marabá. Em um curso espaço de tempo, duas pessoas foram assassinadas enquanto caminhavam na rua. Dois dias antes, no sábado (23), um adolescente foi eliminado dentro da própria casa em que morava. Todos os crimes foram execuções cometidas pela temida dupla da motocicleta preta.

Em Morada Nova, por volta de 20h30 de ontem, Ducilene Ferreira Magalhães, 40 anos, foi executada a tiros, enquanto caminhava pela Rua Principal do bairro. Quando ela estava em uma calçada, em frente a uma farmácia, dois homens em uma motocicleta Honda Fan preta pararam, o da garupa desceu com arma em punho e efetuou cinco disparos.

Vestindo roupas escuras e capacete na cabeça, os dois fugiram em seguida, deixando para trás o corpo já sem vida de Ducilene. A mulher era conhecida por ter distúrbios mentais e vagar por toda a cidade de Marabá, mas não se sabe se ela tinha algum envolvimento com a criminalidade. A vítima morava na Rua Sílvio de Abreu, na Marabá Pioneira, junto com os pais.

“A lei do silêncio está operando no local. Ninguém fala nem mesmo como foi que aconteceu ou quem a matou”, afirmou o sargento PM Antônio Soares, que comanda o Destacamento da Polícia Militar no bairro. Ele acrescentou ainda que, aparentemente, a vítima foi atingida primeiramente pelas costas. “Parece que ela foi alvejada pelas costas e, ao cair, houve mais um tiro à queima roupa contra a cabeça”, disse.

BELO HORIZONTE
Nem a presença de uma igreja inibiu dois atiradores de executarem, a sangue frio, Otacízio Marques de Souza, 42 anos, também na noite de ontem (25), na esquina entre a Avenida Manaus e a Rua Cuiabá, ao lado da igreja católica, no Bairro Belo Horizonte.
Segundo informações da ex-mulher dele, identificada apenas como Ivonete, o homem estava com a filha do casal no colo e havia acabado de comprar milho cozinho, quando dois desconhecidos em uma motocicleta Pop 100, de cor preta, utilizando roupas escuras se aproximaram. O homem da garupa desceu do veículo e mirou o revólver na cabeça de Otacízio anunciando um assalto, provavelmente para que ele soltasse a menina.

A vítima colocou a filha no chão e, em seguida, o homem efetuou os disparos, fugindo logo depois. Otacizio caiu no meio da rua e morreu na hora. A Polícia Militar foi chamada e chegou a fazer rondas nas redondezas, mas não encontrou suspeitos.

Testemunhas afirmam que Otacízio mora próximo do local onde o crime aconteceu. “A situação ainda está bem conturbada por aqui, mas policiais militares que viram o corpo informaram que ele já foi preso várias vezes”, afirmou o cabo PM R.Lopes.
Uma dessas prisões foi acompanhada pela equipe do CORREIO DO TOCANTINS em novembro de 2011. Na época, ele foi abordado pela Polícia Militar enquanto dirigia um caminhão furtado pela Rodovia Transamazônica (BR-230). Apesar desse passado, não se sabe qual a motivação para a morte. “Não posso fazer pré-julgamento e agora a polícia judiciária é que vai fazer a investigação”, acrescentou o militar.

Otacízio era morador da Rua Goiânia, na Vila Poupex. Enquanto o corpo ainda estava caído no chão, aguardando a chegada dos peritos do Centro de Perícias Científicas "Renato Chaves", Ivonete chegou e fez o reconhecimento do corpo.
EM CASA

Na noite de sábado (24), o adolescente Fagner Oliveira da Silva, 17 anos, foi assassinado dentro de casa, na Quadra 12 da Folha 6. Raimundo Nonato Teixeira Viana procurou a delegacia e informou que havia saído de casa em companhia da companheira por volta das 11 horas para almoçarem na casa de uma amiga.

O casal retornou para a residência, onde Fagner estava, por volta das 18h50 e, ainda de acordo com Raimundo, após 10 minutos um homem, de capacete, invadiu a residência e efetuou um disparo de arma de fogo contra Fagner.

Raimundo contou à Polícia Civil que correu para o quarto onde estava a mulher e fechou a porta, ouvindo mais dois tiros. Quando os estampidos cessaram, o casal saiu do quarto e encontrou Fagner caído, agonizando. O sargento Ademir, que atendeu à ocorrência junto com sua guarnição, informou que ao chegar à casa, a vítima baleada ainda estava viva.

O serviço de resgate do Samu foi chamado, mas, quando chegou ao local, 10 minutos depois, já encontrou o rapaz sem vida. “Ainda tentaram reanimá-lo, mas ele já estava morto. Soubemos por alto que foram dois rapazes que chegaram em uma motocicleta Biz e, enquanto um ficou aguardando, o outro desceu e efetuou três tiros contra o rapaz”, afirmou o policial. O adolescente, ainda de acordo com a Polícia Militar, também tinha passagens pela delegacia. (Luciana Marschall, do CT)

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Polícia Civil vai ampliar agendamento para emissão da carteira de identidade


A Diretoria de Identificação "Enéas Martins" (Didem), da Polícia Civil do Pará, vai expandir o serviço de agendamento, via internet ou telefone, para atendimentos de expedição de carteiras de identidade para os postos de identificação situados nas cidades de Marituba e Marabá. Será a primeira vez que o serviço de agendamento, criado em 2011, atenderá em uma cidade do interior do estado.

Em Marituba, na Região Metropolitana de Belém, o Posto de Identificação está localizado na sede da Seccional Urbana de Marituba, na Rua Cláudio Barbosa da Silva, s/nº, entre ruas 21 de Abril e Fernando Guilhon, Bairro Centro. O local está sendo informatizado para que o cidadão possa agendar por telefone (91 4006-9002 / 4006-9046 ou 4006-9020) ou pela internet, no endereço www.policiacivil.pa.gov.br.

Já em Marabá, região sudeste do Pará, o agendamento será feito somente através da internet por meio do portal da Polícia Civil para atendimentos no Posto de Identificação localizado no Serviço de Atendimento ao Cidadão (Saci), na Folha 32, Quadra 7, Lote 2, Bairro Nova Marabá.

“Com a implantação do novo sistema de agendamento, através do portal da Polícia Civil, a população desses dois municípios terá a garantia do atendimento ao se deslocar aos postos de identificação”, informa o diretor de Identificação da Polícia Civil do Pará, papiloscopista policial Ricardo Paula.

Os agendamentos para as duas cidades começarão a ser realizados a partir de março. Em Marituba, o agendamento vai começar a partir do dia 4 e em Marabá, a partir do dia 11.

Criado no início de 2011, o serviço de agendamento via telefone e internet conta atualmente em Belém com cinco postos de identificação para emissão do documento de identidade: no Bairro de Nazaré, no Bairro do Guamá, no Bairro do Jurunas, no Bairro da Terra-Firme e no Bairro do Entroncamento. (Polícia Civil)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Florentino Rodrigues é condenado a 24 anos de prisão em regime fechado


Em julgamento ocorrido ontem (21) em Parauapebas, Florentino Rodrigues, o “Minêgo”, foi condenado a 24 anos de prisão pela morte de Ana Karina. Outros três réus devem ir em breve a julgamento em processo marcado pela ausência do corpo da vítima.

Teve início na manhã desta quinta-feira (21) o julgamento de Florentino de Souza Rodrigues, conhecido por Minêgo, um dos quatro réus no caso da morte e ocultação do cadáver da comerciária Ana Karina Guimarães, ocorrido em 10 de maio de 2010 em Parauapebas. Ana Karina estava grávida de nove meses de Alessandro Camilo de Lima, outro acusado pelo assassinato e que aguarda julgamento de recurso impetrado no TJ-PA para ser julgado.

Também são réus no processo Alessandro Camilo e Francisco de Assis Dias, o “Magrão”, que se encontram presos em Belém. Graziela Barros, noiva de Alessandro e quarta ré nos autos, aguarda o julgamento em liberdade, graças a habeas corpus.

Em 2010, durante o inquérito policial, Alessandro Camilo confessou ter matado Ana Karina com a ajuda de “Minêgo” e “Magrão”. Segundo Camilo, o corpo da vítima foi esquartejado, colocado em um tambor de 200 litros, lacrado e jogado de cima de uma ponte no Rio Itacaiúnas, na zona rural do município de Marabá. Apesar das incessantes buscas, o corpo da comerciária jamais foi encontrado.

Julgamento
O julgamento teve início às 9 horas com o sorteio entre os 18 jurados presentes que formariam o Conselho de Sentença. Foram escolhidos seis mulheres e um homem. O plenário do Tribunal do Júri da Comarca de Parauapebas esteve lotado durante todo o julgamento e foi formado especialmente pelas famílias da vítima e do réu, estudantes de direito, membros do Judiciário, advogados, imprensa e populares em geral.

Logo após o sorteio, o juiz da Vara Penal de Parauapebas, Líbio de Araujo Moura, passou à leitura da denúncia. Depois, ainda na parte da manhã, foram ouvidas as sete testemunhas, quatro arroladas pelo Ministério Público, que esteve representado pelos promotores de justiça Danilo Colares e Guilherme Chaves Coelho, e três arroladas pela defesa, representada pelo advogado Fernando Jorge Dias de Souza e outros.

Após intervalo de pouco mais de uma hora para o almoço, o julgamento prosseguiu com a oitiva do réu, que negou peremptoriamente as acusações que lhe foram imputadas. Segundo “Minêgo”, as acusações que recaíram sobre ele não passavam de uma grande armação do então delegado André Albuquerque, presidente do inquérito à época, a quem acusou de corrupto e perseguidor. Ainda segundo “Minêgo”, na madrugada do dia 14 de maio o mesmo se encontrava em sua residência quando foi surpreendido com uma chamada restrita em seu celular. Do outro lado da linha, afirmou “Minêgo”, era Graziela Barros, noiva de Alessandro, pedindo socorro após afirmar que teve sua camioneta Hilux roubada e solicitando a “Minêgo” que a levasse até 
Curionópolis. Com riqueza de detalhes, “Minêgo” disse que no trajeto Graziela teria afirmado que haviam ceifado a vida de Ana Karina. Na sequência, “Minêgo” disse ter deixado a noiva de Alessandro em uma vicinal próxima a Curionópolis, onde estava uma camioneta Hilux lhe aguardando. Ainda segundo “Minêgo”, no dia do crime ele esteve durante todo o dia e até as 22 horas nas imediações da Vila Palmares II, onde o mesmo trabalhava em um laticínio de sua propriedade.

Florentino Rodrigues afirmou ainda que, já no presídio de Americana, onde estava preso junto com Alessandro, este lhe pediu perdão por tê-lo envolvido no caso e solicitou do mesmo que se mantivesse calado durante a oitiva que seria realizada na presença do juiz Líbio Moura, em Parauapebas. Para tanto, Alessandro lhe pagaria a quantia de R$ 80 mil.

O réu respondeu com segurança às perguntas formuladas pelo juiz, pelo representante do MP e por seus advogados, sempre negando a autoria ou qualquer participação nos fatos delituosos apresentados pela acusação.

Iniciados os debates, os representantes do Ministério Público foram incansáveis na tentativa de provar ao Conselho de Sentença que “Minêgo“ deveria ser condenado pela morte e ocultação do corpo de Ana Karina e que os fatos apresentados pela acusação provocaram ainda o aborto da comerciária. Para o promotor Danilo Colares, “Minêgo” era uma pessoa fria, calculista e que teria arquitetado o assassinado de Ana Karina por motivo torpe, não dando chance de defesa à vítima.

Os advogados de defesa insistiram que “Minêgo” era um injustiçado, que não teve participação alguma no fato delituoso e que era honesto, trabalhador e bom pai de família. Para a defesa, que apresentou vídeo gravado pelo delegado André Albuquerque, onde Alessandro Camilo e “Magrão” negavam que “Minêgo” tenha qualquer participação no crime, o réu não deveria pagar por um crime que realmente existiu, mas sem a participação de seu patrocinado.

Na réplica, a promotoria desqualificou as declarações apresentadas no vídeo, sob a alegação que Alessandro teria trocado o depoimento após passar sete dias preso junto com “Minêgo”. O promotor Colares afirmou que Alessandro e “Magrão” não tinham idoneidade para acusar ou absolver ninguém, quanto mais “Minêgo”. Colares apelou ao Conselho de Sentença que condenassem “Minêgo”, única forma de dar um consolo à família e a D. Iris, mãe da vítima, que sequer pôde enterrar a filha e o neto.

Na tréplica, a defesa argumentou que não havia nada nos autos que condenasse seu cliente, e seria uma grande injustiça que “Minêgo”, preso há dois anos e nove meses, pagasse por um ato que não cometeu. Para a defesa, “seria mais justo para o Conselho de Sentença absolver um assassino, do que condenar um inocente”.

Findado os debates, o juiz Líbio Moura fez a leitura dos quesitos que seriam respondidos pelos sete membros do Conselho de Sentença em uma sala secreta.

Veredicto
Uma hora e quinze minutos após a entrada dos sete jurados na sala secreta, o juiz deu o veredicto. O Conselho de Sentença reconheceu em Florentino Rodrigues, por 4 votos SIM, a materialidade e autoria do crime, e negou, por 5 votos NÃO e 2 votos SIM, a absolvição genérica do réu.

Na segunda série de votação, também de crime doloso contra a vida (aborto sem o consentimento da gestante), os jurados, por maioria, reconheceram que a vítima estava grávida. Em pergunta seguinte, por maioria de votos, que a gravidez foi interrompida pelas condutas descritas na denúncia. Em maioria, disse o colegiado que o acusado praticou manobras abortivas contra a ofendida. Por 4 votos SIM, disseram que a interrupção se deu sem o consentimento da gestante. Contudo, por 4 votos SIM e 3 NÃO, o colegiado absolveu o acusado dessa imputação.

Em todas as votações, atingida a maioria, sem voto diverso, as mesmas foram interrompidas, evitando unanimidade e quebra do sigilo, nos termos do art. 483, §§ 1º e 2º do CPP, com a nova redação da Lei nº 11.689/08.

Por fim, em virtude da decisão do Conselho de Sentença, Líbio Moura aplicou a sentença, condenando Francisco de Souza Rodrigues à pena definitiva de 24 anos de reclusão e mais trinta dias-multa no valor de 1/30 do salário mínimo vigente à época do fato. Pena esta a ser cumprida em regime inicialmente fechado, observando-se o juiz da execução penal os termos do art. 76 do CP. Ainda na sentença, o juiz isentou de custas, por ausência de previsão no Código de Organização Judiciária local mas, com base no artigo 387, inciso IV do CPP, e condenou “Minêgo” a pagar aos familiares da vítima a importância de R$ 100 mil. Valor este a ser apurado na esfera cível, ante os parcos elementos nesse sentido produzidos no processo penal. Acompanhe, clicando aqui, a íntegra da sentença.

Após o anúncio da sentença, o juiz passou a palavra aos representantes do MP. O promotor Danilo Colares, dirigindo-se à mãe da vítima, disse emocionado que tinha consciência de que a sentença não trará Ana Karina de volta, todavia, “fez-se justiça”, e que a sentença era apenas o começo.

A defesa agradeceu ao juiz Líbio Moura pela forma isenta como se deu o julgamento e anunciou que a mesma recorrerá em tempo hábil da sentença proferida.

O juiz Líbio Moura agradeceu a forma respeitosa com que acusação e defesa se trataram durante o julgamento e insistiu com o público que ambos (acusação e defesa) estavam ali cumprindo seus papéis institucionais. Dr. Líbio fez breve relato das dificuldades encontradas pelo Poder Judiciário em Parauapebas, devido à falta de estrutura, salientado que, por duas vezes, os réus deixaram de comparecer às audiências marcadas em virtude da falta de veículo que os conduzisse de Belém até Parauapebas.

Para o juiz, mesmo Parauapebas sendo uma terra onde se jorra ouro, essa riqueza não se materializa no Judiciário local, formado por pessoas honradas e trabalhadoras. O juiz agradeceu aos funcionários da Vara Penal pelo incansável comprometimento, à imprensa, a quem chamou de “Diário Oficial da Justiça que leva aos quatro cantos do mundo o resultado do trabalho realizado”. Agradeceu também ao público que se fez presente de forma mansa e ordeira e encerrou os trabalhos.

Florentino Rodrigues pernoita hoje (22) na 20ª Seccional de Polícia local e amanhã pela manhã segue de volta a Belém, onde cumprirá a pena imposta.

A Vara Penal de Parauapebas aguardará a decisão do TJ-PA no tocante aos recursos impetrados por Graziela Barros, Alessandro Camilo e Francisco de Assis Dias, os outros acusados da morte de Ana Karina, para marcar a data do julgamento dos mesmos.

Dona Iris, mãe da vítima, profundamente abalada, confessou ao blogger que estava apreensiva e relutante quanto ao resultado do julgamento. Todavia, agradeceu muito ao juiz, promotores, funcionários do Fórum local e especialmente ao delegado André Albuquerque (in memoriam), pelo empenho na elucidação do crime contra sua filha. (Blog Zé Dudu) 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Caso Ana Karina: Minêgo será o primeiro a passar pelo Tribunal do Júri nesta quinta-feira



Começa nesta quinta-feira (21), no Fórum de Parauapebas, o julgamento de Florentino de Sousa Rodrigues, o Minego, um dos acusados da morte da comerciaria Ana Karina Matos Guimarães, assassinada no dia 10 de maio de 2010. O corpo da vítima, que estava grávida de nove meses, nunca foi encontrado.

Os demais envolvidos no assassinato da moça que ainda não têm data para serem julgados são os indivíduos Alessandro Camilo de Lima, o Macarrão; Francisco de Assis Dias, o Magrão; Graziela Barros Almeida; e Pedro Ribeiro Lordeiro.

O julgamento será presidido pelo juiz Líbio Araújo Moura, titular da 3ª Vara Penal da Comarca de Parauapebas, a partir das 8h30. A área do Fórum deverá ser cercada e o trânsito desviado no dia do júri popular. Além disso, há espaço limitado para as pessoas que desejarem acompanhar o julgamento.

Denúncia
De acordo com a denúncia ofertada pelo Ministério Público, o acusado Alessandro Camilo de Lima manteve um relacionamento amoroso com Ana Karina, com quem saiu algumas vezes em 2009, engravidando-a. Após a gravidez, a vítima passou a cobrar o pai da criança para auxiliar nos cuidados com a gravidez, no reconhecimento da paternidade do bebê e com os custos do parto, mas a vítima foi assassinada 10 dias antes da data marcada para ter a criança.

Ainda de acordo com o MP, Ana Karina queria que Alessandro Camilo pagasse R$ 6 mil para que o parto fosse realizado em um hospital particular e alegava que poderia revelar o caso à noiva do acusado, a também denunciada Graziela Barros de Almeida. O relacionamento entre Ana Karina e Alessandro Camilo era conhecido por poucas pessoas, entre elas a mãe da vítima, Maria Iris Guimarães.

Ainda segundo o que foi apurado pela polícia e compõe a denúncia do MP, nos dias anteriores à morte Ana Karina manteve contatos telefônicos com Alessandro Camilo, cobrando uma solução para o caso. Alessandro, então, decidiu acabar com a vida da ex-namorada, contando para isso com o apoio dos demais réus. No dia da morte ele marcou um encontro com a vítima na esquina da Rua C com Rua 4, local em que eles haviam se encontrado outras vezes.

Na saída para o encontro, por volta das 19 horas, a vítima foi seguida, sem perceber, por sua mãe, até quando entrou numa camionete Hilux de Alessandro. Essa foi a última vez em que Karina foi vista. O MP acredita que o acusado teria atraído a vítima para um espaço ermo às imediações do Detran e do clube City Park, onde já se encontravam Magrão e Minego.

Pela apuração feita pela Polícia Civil, e aprofundada pela promotoria, Magrão seria o pistoleiro responsável pela morte e Florentino teria auxiliado na ocultação do cadáver. De acordo com as investigações, o primeiro receberia R$ 5 mil e o segundo R$ 15 mil em carnes oriundas das fazendas de Alessandro Camilo.

A polícia acredita que, no momento em que o casal chegou ao local, Francisco sacou uma pistola 380 mm, cedida por Pedro Lordeiro a Alessandro, e alvejou diretamente a vítima com quatro ou cinco disparos. Em seguida, o trio colocou o corpo da vítima em um tonel levado pelo acusado Alessandro na caçamba de seu veículo.

De acordo com o MP, o corpo de Ana Karina foi colocado nesse tonel, ao qual foram acrescentados 70 quilos de pedra e, em seguida, jogado da ponte do Rio Itacaiúnas. O Ministério Público afirma ainda que a motivação do crime seria a intenção de Alessandro em não pagar pensão alimentícia à criança aguardada por Ana Karina, além de evitar que o conhecimento da situação abalasse o relacionamento que ele mantinha com a denunciada Graziela Barros.

Os promotores Danylo Pompeu Collares e Guilherme Chaves Coelho afirmam na denúncia, entretanto, que Graziela Barros sabia detalhes acerca do modo de execução e da forma de ocultação do cadáver. Ela teria, inclusive, revelado isso quando saía da cidade, dias após o crime, sendo levada por Florentino Sousa até Curionópolis. Já o réu Pedro Lordeiro é acusado de auxiliar nos crimes, com a cessão da arma e, depois, guardando o objeto.

Durante as investigações, a Polícia Civil ouviu 26 testemunhas e o inquérito, aberto por portaria, reuniu seis volumes, cada um com aproximadamente 200 folhas. Ainda durante esse período foram colhidos os interrogatórios de todos os denunciados, requisitadas perícias em celulares, bilhetes, cápsulas e do veículo apontado como tendo sido utilizado no dia do crime. (Redação: Luciana Marschall; arte fotográfica: Zé Dudu)


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Polícia apreende pássaros e entrega ao Parque Zoobotânico


A Polícia Militar encaminhou Manoel Lopes dos Santos, 50 anos, à 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil em Marabá na madrugada de sábado (16), após encontrar mais de uma dezena de pássaros engaiolados na residência dele, no Bairro São Félix. Treze pássaros criados em cativeiro foram apreendidos e entregues ao Parque Zoobotânico do município.

“Foi uma abordagem de rotina no momento em que o cidadão estava saindo de casa, por volta das 2 horas. Abordamos e perguntamos o que ele estava fazendo, e ele disse que estava jogando baralho. Fizemos uma revista e nos deparamos com essa situação”, explicou o soldado PM Gonzaga.

Segundo o policial militar, Manoel Lopes se apresentou como o proprietário e foi apresentado na delegacia. “O artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais diz que é proibida a cria de animais da fauna”, alegou o soldado, acrescentando que a detenção para quem incorre no crime pode ser de seis meses a um ano de prisão, mais multa.

Ouvido pela Reportagem, Manoel afirmou que cuidava dos pássaros e que já tinha pensado em legalizá-los, mas nunca procurou as autoridades competentes. "Eu não estava maltratando os pássaros. Todos eles recebem meus cuidados. Todo dia eu limpo as gaiolas, troco a comida”, declarou Manoel Lopes, que foi liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). (Luciana Marschall, com informações de Josseli Carvalho)

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Banco é condenado a indenizar cliente que aguardou 5 horas na fila em Parauapebas


R$ 3 mil é o valor que o Banco Bradesco deverá pagar ao cliente que esperou por longas cinco horas para ser atendido na agência da Cidade Nova,  em Parauapebas.

De acordo com a Lei Municipal nº 3.821-A, de agosto de 1999, o máximo que o cliente deve esperar nas filas dos bancos são 20 minutos em dias normais e 30 minutos em dias de pico. São considerados dias de pico a véspera ou dia pós feriado, o último dia útil do mês, e do dia 1º ao dia 10 de cada mês. 

Em Parauapebas, a premissa acima jamais foi observada. Entretanto, se todos aqueles que sofrem com a morosidade e precariedade dos serviços bancários se propusessem a fazer o mesmo que este cliente do banco fez, certamente as instituições financeiras iriam dar a atenção necessária que nossa cidade demanda.

Confira a sentença abaixo, exarada pelo juiz Lauro Fontes Júnior, do juizado especial cível da comarca de Parauapebas:

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Ladrão assalta banco para regressar à cadeia

O norte-americano Walter Unbehaun, de 73 anos de idade, roubou um banco em Chicago apenas para poder voltar à cadeia. Unbehaun passou a maior parte da vida preso e não conseguiu se adaptar à vida em liberdade. No assalto, ele levou US$ 4 mil do caixa e foi pego no dia seguinte. (O Estado de S.Paulo)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Motoqueiro choca com outra moto e é esmagado por micro-ônibus



Ao trafegar numa moto modelo Bis, de cor preta, na rodovia PA 275, sentido viaduto centro da cidade, o piloto Tonismar da Silva, 25 anos, mecânico, bateu de frente com Francinaldo Paulino Ferreira, que seguia numa moto YBR (placa MOB 6275-PB), caiu e foi atingido por um micro-ônibus.

O acidente ocorreu por volta das 5 horas da manhã desta quarta-feira (13), na rodovia PA 275, em frente ao local onde foi realizado o carnaval de Parauapebas.

Segundos após a trombada de motos, Tonismar foi jogado no asfalto, no exato momento em que o micro-ônibus passava no local e esmagou a cabeça de Tonismar, que morreu no local.

A reportagem apurou no local do sinistro que a vítima trafegava na contramão da rodovia, quando foi atingida por Francinaldo, que levava na garupa a mulher Leidiane Alves dos Santos. Tonismar teve a cabeça esmagada pelos pneus do micro-ônibus, cujo motorista se evadiu do local sem ser identificado pelos bombeiros e agentes de trânsito.

De acordo com levantamento feito pelo cabo Vale, do Corpo de Bombeiros, na última noite de carnaval (de terça para quarta-feira) foram registrados dez acidentes e um envenenamento em Parauapebas. (Vela Preta/Waldyr Silva)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Parauapebas contabiliza três mortes no final de semana

Judson Plasmo Lima da Silva


Edileusa da Conceição Silva

Cícero Florêncio Lima da Silva

Três homicídios agitaram o final de semana em Parauapebas. Na madrugada de domingo (10), Edileuza da Conceição Silva, 23 anos, foi esfaqueada pelo companheiro dela, Jeovane Souza dos Santos, o “Careca”, enquanto dormia em casa, no Bairro Liberdade II, nas proximidades do balneário conhecido como “Bananal”.

Segundo Osmundo de Jesus Pessoa, pai de criação de Edileuza, ela e o marido viviam juntos há aproximadamente quatro anos no Maranhão, mas este ano ela decidiu que o casamento não estava mais dando certo e decidiu vir trabalhar em Parauapebas. “Ela estava trabalhando, e o marido saiu de lá do Maranhão e veio atrás dela”, contou o padrasto.

Segundo ele, há 15 dias “Careca” saiu do Maranhão dizendo que viria ao Pará atrás do pai dele, mas, na verdade, estava atrás da esposa. “Eles já estavam juntos aqui e, apesar de não ser agressivo, sempre teve umas brincadeiras ‘sem futuro’. A gente sempre reclamava disso”, comentou.

No dia do crime, o casal estava bebendo com dois amigos que também dormiram na residência. Depois que Edileuza foi se deitar, Careca a esfaqueou no pescoço e fugiu em seguida. “Acredito que ele estava bêbado quando aconteceu o crime, porque ela ligou dizendo que estava bebendo com o marido. Ele esperou que ela fosse dormir e matou”, lamentou Osmundo de Jesus.

Osmundo garantiu que vai até o fim para encontrar o homem e fazê-lo pagar pelo crime cometido. “Sei que o pai dele está no Pará, e esse bandido deve estar junto com ele. Vou descobrir o endereço e entregar à polícia”, afirma.

VELHACO?
No domingo à tarde, foi assassinado com cinco tiros Cícero Florêncio Lima da Silva, 30 anos. Segundo informações da polícia, ele estava bebendo num bar na Rua 14 de Maio, Bairro Rio Verde, por volta das 17 horas, quando dois homens chegaram numa motocicleta vermelha, um deles desceu e desferiu os disparos.

No local havia pelo menos dez pessoas, mas ninguém conseguiu identificar o atirador. Algumas pessoas comentaram que pouco tempo antes a vítima estava bebendo em outro bar e saiu sem pagar a conta.

VINGANÇA
Na noite de sábado (9), o cobrador de van Judson Plasmo Lima da Silva, 25 anos, foi assassinado com um tiro no peito por um passageiro com quem discutiu. O crime ocorreu no Bairro Cidade Nova e, segundo a Polícia Civil, Judson, por um descuido, havia cobrado a mais a passagem do tal passageiro.

Depois que o passageiro desceu da van e percebeu que o troco estava errado, pegou um mototáxi e seguiu a van até a próxima parada. Ele, então, foi tomar satisfação com o cobrador, que devolveu o dinheiro. Acontece que o passageiro queria que o cobrador pagasse também a corrida do mototaxista.

Diante da recusa do cobrador, o passageiro sacou uma arma de fogo e atirou contra Judson, acertando-o no peito. A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital. O homem responsável pelo crime ainda não foi identificado e conseguiu fugir.
O delegado Thiago Carneiro, que estava no plantão, informou que a Polícia Civil está tentando identificar os assassinos. (Vela Preta/Luciana Marshall)

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Vítimas de sequestro em Ourilândia


José Flikson Parente Sobrinho registrou na Delegacia de Ourilândia do Norte, no sábado (9), que ele e a namorada dele, Mila Naiana Botelho, foram sequestrados na porta de sua residência por um individuo que estava armado. Em seguida, aparecem mais outros indivíduos e uma mulher. Eles levaram o relator em seu próprio carro para um bairro daquela cidade, porém, a namorada do sequestrado ficou, mas, com medo, não avisou a polícia.

Inicialmente, os sequestradores pediram a quantia de R$ 50 mil para colocar Flikson em liberdade, depois foram baixando o valor, até que um cunhado da vítima pagou a quantia de R$ 10 mil pelo resgate. Alem do dinheiro, os acusados levaram dois cordões de ouro e mais R$ 4.300,00 das vítimas. (Blog Edmar Brito)

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Casal é preso no Piauí criando filha em situação deplorável



Uma equipe da Polícia Civil de Uruçuí, que fica 480 km de Teresina (PI), comandada pelo delegado municipal Matheus Zanatta e pelo regional Francisco Rodrigues realizou diligência na última quinta-feira (7), para cumprir mandado de busca e apreensão expedido pelo juiz da Comarca de Uruçuí, Sérgio Marinho Rego.

De acordo com o delegado Francisco Rodrigues, a operação foi realizada por volta das 6 horas de quinta-feira (7) na residência do casal Maria Charlene e Rudialen, localizada na Rua Hermes Neiva, no centro da cidade. Ao chegarem ao local, a polícia encontrou uma garotinha de apenas 8 anos, vivendo em situações subumanas.

A criança estava num quarto pequeno e totalmente suja, um estado deplorável, e mau cheiro na residência insuportável, sem água e energia elétrica. O casal foi conduzido à delegacia de Uruçuí e a criança encaminhada com urgência ao hospital regional para ser 
medicada.

No hospital, foi verificado que a criança está em estado de choque, não fala e é deficiente visual. Ela está internada e aguarda agora decisão da justiça. As próprias enfermeiras se encarregaram de conseguir algumas roupas para a criança, que parece que sempre viveu despida.

Ainda segundo o delegado, o casal é usuário de drogas. A polícia, Conselho Municipal e Conselho Tutelar farão relatórios a serem encaminhados ao Ministério Público, pedindo providências sobre o caso e, principalmente, sobre o futuro da criança. (Portal de Uruçuí)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Celular escondido em ânus de prisioneiro toca durante a revista



Um prisioneiro do Sri Lanka que tentou esconder seu telefone celular durante uma inspeção em sua cela foi descoberto quando os guardas ouviram toques vindos de suas nádegas, informou um funcionário dos serviços médicos nesta sexta-feira. O condenado de 58 anos de idade precisou ser internado no hospital nacional em Colombo, onde os médicos mais tarde retiraram o aparelho de seu reto. "O homem tinha escondido o telefone dentro dele mesmo", disse o funcionário, que pediu para não ser identificado.

Infelizmente para ele, o telefone tocou na hora errada e os guardas sabiam que ele tinha um telefone na extremidade errada.

Ele disse que o homem permaneceu no hospital por dois dias, mas recebeu alta e foi enviado de volta para a prisão nesta sexta-feira (8), depois que o celular foi retirado.

O preso está cumprindo uma pena de 10 anos por roubo na prisão de segurança máxima de Welikada, na capital. (Fonte: R7)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Homicídios misteriosos em Parauapebas sepultam dois





Na madruga da última terça-feira (5), Antônio Joaquim Silva de Sousa, 66 anos, residente no Bairro Altamira, em Parauapebas, foi assassinado dentro do bar que possuía naquele bairro, precisamente na Rua Santa Inês.

De acordo com Edilene da Silva Sousa, ela estava em casa quando um conhecido da família apareceu informando sobre o homicídio. Imediatamente, Edilene e um irmão se deslocaram até o bar, onde encontraram apenas muito sangue no chão do estabelecimento; o corpo já havia sido removido para necropsia.

“Quando entramos, encontramos a casa do meu pai totalmente revirada”, declarou Edilene em depoimento registrado na 20º Seccional Urbana de Polícia Civil. Ainda conforme ela, na noite do crime seu pai teria sido visto em companhia de uma mulher. Além disso, Joaquim teria declarado dias antes que estava sendo ameaçado de morte por um homem que mora na vila Palmares II, contudo ele não teria declinado o nome do tal ameaçador.

O caso misterioso está sendo investigado pela Delegacia de Parauapebas.

OUTRO CASO
Na madrugada de terça, também foi assassinado a tiros, na mesma cidade, o pedreiro Sebastião Bento de Matos, 33 anos. No sábado (2), ele foi preso acusado de porte ilegal de arma de fogo pela guarnição do sargento Erisvaldo e soldado Barbosa.

Leonilda Elizeu Martins, 25 anos, conta que vivia junto havia nove anos com Sebastião. O casal morava no Bairro Casas Populares, e atualmente, segundo Leonilda, Sebastião estava construindo uma casa num terreno que comprou na Rua Xingu por R$ 2 mil.

Ela diz que na sexta-feira (1º) um indivíduo que se intitulou dono do lote apareceu, arrancou tocos que a vítima havia fincado por lá e ainda agrediu Sebastião a panadas de facão, ameaçando-o de morte, caso ele não deixasse o lote.

Em boletim de ocorrência registrado na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, Leonilda acusou um indivíduo chamado Rigone Oliveira Mendes de ter ameaçado Sebastião.

Questionada sobre a ocasião na qual seu marido foi assassinado, ela disse que estava dormindo com ele no momento em que o casal foi atacado. “Acordamos, e puxaram ele lá pra fora de casa; deram dois tiros, que eu ouvi”. Leonilda afirma que eram dois indivíduos, um deles estava de capacete rosa e outro trajava roupa preta. Após os disparos, os assassinos deixaram o local.

“Eles estavam num carro pequeno e numa moto”. A mulher de Sebastião não sabe dizer o tipo de armamento que os indivíduos estavam portando. Sebastião Matos deixa três filhos órfãos. (Vela Preta/André Gomes)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Mulher esconde maconha na vagina e tenta entregar para marido na cadeia




Ao tentar passar na vistoria dos agentes prisionais com 98 gramas de maconha escondidas na vagina, para entregar ao marido Mário França da Cruz, que se encontra preso na carceragem municipal do Rio Verde, em Parauapebas, Elaine Priscila Cordovil Pinto, 28 anos, natural de Belém (PA), residente na Rua Canaã, Bairro Casas Popular II (Morro Alto Bonito), em Parauapebas, foi flagrada e presa.

O flagrante e a detenção de Elaine Priscila foram comunicados à Polícia Civil pelo cabo PM Genedir Chagas Feitosa, que conduziu a mulher e a droga apreendida para a Delegacia de Polícia, por volta das 11 horas do último sábado (2).

De acordo com o cabo Feitosa, o flagrante ocorreu depois que a diretora do estabelecimento carcerário, Nilcelia de Sousa Silva, recebera denúncia anônima dando conta que a companheira de Mário França há tempo estava passando crack e maconha para o marido dentro da cadeia pública, nos dias de visita.

O policial militar acrescenta que na visita de sábado Elaine Priscila foi submetida a revista pessoal e nos objetos (alimentação e outros), mas nenhuma droga foi encontrada com a mesma. Questionado a cerca da denúncia de conduzir droga na vagina, a suspeita negou categoricamente, porém, passou a demonstrar visivelmente inquietação e nervosismo.

Diante da situação, Elaine foi informada de sua condução para o hospital municipal, onde seria submetida a exame de Raio X, ocasião em que a mesma confessou que carregava droga introduzida na vagina. Em seguimento, a diretora acompanhou a acusada até o banheiro para que Elaine tirasse a droga do interior da vagina.

Em depoimento, Elaine Priscila contou ao escrivão “ad hoc” Genival Souza que foi o próprio companheiro dela, Mário França, que a orientou a conduzir a droga nas partes íntimas, para o mesmo usar na prisão. (Vela Preta/Waldyr Silva)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Dupla vai parar no xilindró acusada de atacar coletivo em Marabá



Após diversos assaltos a ônibus coletivos realizados na semana passada, a Polícia Militar conseguiu prender em Marabá Vander Ferreira Duarte e Gleyciano Nunes de Oliveira, ambos de 23 anos, que apareciam em praticamente todas as gravações das câmeras de segurança dos ônibus da empresa TCA, cometendo assaltos aos caixas.

A dupla foi presa na noite da última sexta-feira (1º) em posse de uma arma de cano longo de fabricação caseira, utilizada nos crimes. Segundo o soldado PM Renato, a guarnição na qual ele estava reconheceu a dupla enquanto os acusados caminhavam na rua. “Há vários dias, estávamos no encalço desses elementos, que vinham praticando assaltos a ônibus. Em ronda, observamos os dois caminhando na rua, com a mochila nas costas, na qual poderiam estar levando uma arma”, afirmou o policial.

Em seguida, a guarnição realizou a abordagem e encontrou o armamento. “Não deu outra: encontramos uma escopeta caseira; além disso, eles confessaram os crimes. Não sei o que passa na cabeça deles de praticarem o crime na cara dura”, comentou o soldado. Na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil em Marabá, Gleyciano informou que a dupla se revezava entre quem rendia o motorista com a arma e quem fazia a limpeza do caixa.

“A gente roubou uns cinco ônibus, mas começamos há poucos dias. Inventamos uma vez, deu certo e continuamos”, contou Gleyciano, acrescentando, entre risos, que a dupla faturava menos de R$ 100 por assalto. Já Vander disse que estava passando pela primeira vez na delegacia e sequer havia visitado alguém na cadeia. Ele também confirmou os roubos, mas disse que a dupla evitava assaltar passageiros, porque os dois são “cristãos”.

Ambos afirmaram, também, que são usuários de drogas e encontraram nos roubos a maneira mais fácil de suprir o vício. “Eu roubava pra fumar droga. Um celular de R$ 1.300 troquei por três pedras na ‘boca de fumo’”, afirmou Vander. Questionado se não sentia pena das vítimas que fazia, Vander declarou que o desejo pela droga sempre fala mais alto. “Dói meu coração, mas vou lhe dizer uma coisa: quem vai ligar ‘pras’ coisas dos outros quando está na ânsia de fumar o produto?”, finalizou.

Os dois já vinham sendo alvo de investigação da Polícia Civil iniciada dias antes da prisão pela Polícia Militar. Na sexta-feira, dia em que os dois foram presos, representantes da empresa Transporte Coletivo de Anápolis (TCA) haviam procurado a delegacia com imagens que os identificavam. Segundo a empresa, apenas na última semana foram registrados oito assaltos. (Luciana Marschall)

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Dezesseis presos fogem da delegacia de Canaã dos Carajás


Marciano Ferreira Filho

André Luiz Alves dos Santos

Mauro Estácio da Silva

Wanderson da Costa Almeida , o Pardal
O que era esperado aconteceu. Na madrugada de sexta-feira (1°), 16 presos fugiram da Delegacia de Polícia Civil em Canaã dos Carajás. Entre os fugitivos, bandidos que representam ameaça para a sociedade. Para conseguirem a fuga, os detentos serraram as grades dos fundos de uma das celas da cadeia.

Os fugitivos são os elementos Adriano Cardoso Macedo (detido por estupro), Andre Luiz Alves dos Santos (preso por furto qualificado e foragido de Marabá), Bruno Lopes Campos (tráfico de drogas), Bruno Rabelo Lima (tráfico de drogas), Claudiomar José da Silva (estupro), Clebe Pereira da Conceição (tráfico de drogas), Carlos de Sousa Lima Júnior (porte ilegal de arma, disparo, ameaça e receptação), Edvan Ramos dos Santos (tráfico de drogas), Gilcleibison Mendanha Lima (furto qualificado e formação de quadrilha), Joelson dos Santos Araújo (furto qualificado e formação de quadrilha), Mauro Estácio da Silva (tráfico de drogas), Marciano Ferreira Filho (tráfico de drogas e associação ao tráfico), Thalys Teixeira Soares (tráfico de drogas e associação ao tráfico), Rogério Ribeiro Lima (furto qualificado e formação de quadrilha), Wanderson da Costa Almeida (tráfico de drogas e associação ao tráfico) e Warlisson Araújo da Silva (preso por tráfico de drogas).

De acordo com o delegado Paulo Mascarenhas, as buscas estão sendo feitas pelas polícias Militar e Civil, mas até o fechamento desta edição nenhum dos fugitivos havia sido recapturado. No momento da fuga, havia na carceragem 28 presos espremidos num espaço com capacidade para apenas 11 pessoas.

A fuga foi percebida pelo único investigador que estava de plantão, Cláudio Márcio do Nascimento. Ele relatou que por volta das 6 horas da manhã escutou gritos dos presos e quando foi verificar constatou a fuga em massa.

O delegado Paulo Mascarenhas, em reportagens anteriores, já havia chamado a atenção das demais autoridades para a superlotação da Delegacia de Polícia Civil. “O momento não é para procurar culpados, mas sim envidar esforços para que não se repita, chamando atenção dos governos para que possa ser criado um presídio para abrigar esse tipo de preso”, declarou o delegado. (Domingos Cardoso)