Após trocar tiros com policiais militares, na última
terça-feira (6), Maurício Reis Feitosa de Sousa foi atingido e morto em Parauapebas.
A guarnição policial foi bater em sua residência após prender Gabriel Rodrigues
da Silva, suspeito de balear gravemente Alan Willian Silva, sobrinho do coronel
Mauro Sérgio, que chegou a comandar a Polícia Militar do município.
De acordo com o subcomandante do 23º BPM, major Alan
Costa da Silva, tudo começou com uma confusão entre Alan e Gabriel, na casa
deste, na virada do ano. "No dia do Réveillon, Alan estava bebendo na residência
de um vizinho, que depois identificamos como sendo Gabriel, e em determinado
momento esse vizinho teria se desentendido com ele por conta de ciúmes”,
informou o major.
Durante a briga, ainda segundo o oficial, Gabriel
chegou a ameaçar a vítima de morte, afirmando que era bandido e que o outro
deveria se cuidar. Após essa situação, no último domingo (4), Gabriel se mudou
da casa, no Bairro Cidade Jardim, onde tinha ocorrido a confusão, para o Bairro
Nova Carajás.
No dia seguinte, segunda-feira (5), por volta das 11
horas, ele teria retornado à antiga rua, encontrado o Alan e efetuado seis
disparos contra ele, sendo que cinco atingiram a vítima. "O estado dele é
grave, foi submetido a duas cirurgias e a gente não sabe bem qual o
risco", informou o subcomandante.
Após esse crime, a Polícia Militar começou a
conversar com os familiares de Alan e descobriu sobre a confusão do ano novo, monitorando,
em seguida, Gabriel. "Hoje (terça) foi montada a campana, ao soubermos que
ele estaria indo deixar a companheira dele, que também estaria envolvida nessa
confusão ocorrida no dia 31. Durante a ação, os policiais o identificaram e
conseguiram fazer a prisão. Com ele foi encontrada uma arma e em sua residência
foi achada droga".
Contra Gabriel, no entanto, recaiam outras
suspeitas, inclusive a de que ele estaria cometendo assaltos na cidade,
acompanhado de um comparsa. Em conversa com a PM, o preso acabou entregando
Maurício, informando, inclusive, o endereço do outro suspeito.
“Fomos até a casa e ele (Maurício) estava em posse
de uma arma de fogo. Quando ele abriu a casa, na hora da abordagem, já saiu
efetuando disparos contra a guarnição", explicou o major, acrescentando
que durante o revide o suspeito foi atingido e morreu no local.
Na residência, segundo os militares, foram
encontrados uma pistola calibre 380, droga e vários aparelhos celulares de
procedência duvidosa. "Uma vitima, inclusive, já reconheceu o aparelho que
teria sido roubado próximo ao Natal”.
O corpo de Mauricio foi removido para o Instituto
Médico Legal (IML), de Marabá, nesta quarta-feira (7). De acordo com o delegado
André Tavares de Amorim, os disparos de Gabriel contra Alan foram feitos com um
revólver calibre 38 e, até a última vez em que a autoridade policial conversou
com a reportagem, o preso ainda não tinha sido ouvido oficialmente.
“Ainda vamos interrogá-lo e puxar informações. Em
conversas informais, ele se faz de desentendido", disse. Por fim, o
delegado acrescentou que Alan corre o risco de ficar paraplégico. Procurado pela
reportagem, o preso preferiu não conversar. (Vela Preta/Waldir Silva)
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