Continuam presos em Parauapebas, desde a última
sexta-feira (14), à disposição da Justiça, Marcos Vinicius dos Santos Macedo e Janilson
Batista Ferreira do Nascimento. O primeiro, acusado de agir como hacker, em fraude
de sistema bancário e pagamento de boletos, e o segundo, que estaria se
aproveitando da atividade ilícita praticada por Marcos Vinicius.
“Recebemos informação anônima narrando atitudes
suspeitas no quarto do hotel, de propriedade de Janilson Batista, onde os
suspeitos foram presos”, detalha a delegada plantonista Raissa Belebone, que
acredita no envolvimento de outras pessoas no crime, as quais estão sendo
investigadas.
Segundo ainda a delegada, Marcos Vinicius e Janilson
Batista usavam uma rede de internet denominada “Anônimos” para a ação de hackers.
Com isso, os suspeitos conseguiam pagar boletos, invadir sistemas e ter acesso
a dados, obtendo vantagem em cima do dinheiro de outras pessoas.
“Segundo o indiciado Marcos Vinicius, ele recebia
50% por cada boleto pago”, acrescenta o delegado Marcelo Delgado,
superintendente de Polícia Civil em Parauapebas.
Vários boletos, cheques e uma quantia ainda não
especificada de dinheiro foram apreendidos pela polícia em poder da dupla. “Ainda
vamos averiguar a quantidade de dinheiro em cheques, mas, a princípio, entendemos
que esse dinheiro é fruto do recebimento dos valores referentes a pagamentos
fraudulentos”, esclarece o superintendente.
De acordo ainda com Marcelo Delgado, a partir das
prisões em flagrante a Polícia Civil entrou em contato com a Delegacia de Crime
Tecnológicos, em Belém, repassou as informações concernentes às apreensões e o
órgão se colocou à disposição para auxiliar a equipe na continuidade das
investigações.
O delegado Thiago Carneiro, diretor da 20ª Seccional
Urbana de Polícia Civil em Parauapebas, informou que Marcos Vinicius e Janilson
Batista foram presos pelos crimes de furto mediante fraude e associação
criminosa, cuja pena chega até 11 anos de reclusão.
No momento em que o repórter policial Vela Preta
procurou Marcos Vinicius para ouvi-lo sobre as acusações, ele ameaçou o
profissional de imprensa, afirmando que se o caso fosse veiculado em algum
veículo de comunicação o repórter iria se dar mal com ele. (Vela Preta/Waldyr Silva)
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