A Polícia Civil de Parauapebas trabalha em cima de
várias linhas de investigação para tentar descobrir os autores dos três
disparos que mataram Cleber Maracaipe Bezerra, de 27 anos.
Conhecido como “Fofo”, Cleber Bezerra era
proprietário de uma casa noturna localizada no Bairro Guanabara, onde foi
alvejado por volta de 1 hora da madrugada do último sábado (22).
“As primeiras informações dão conta que dois
indivíduos chegaram numa moto e um deles efetuou três disparos de arma de fogo
contra a vítima, que veio a óbito no local”, relata o delegado Thiago Carneiro,
diretor da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil em Parauapebas.
A polícia instaurou inquérito para apurar todas as
possíveis linhas de investigação. “Sabemos que a vítima era uma pessoa de
personalidade forte e dona de uma boate que estava em ascensão na cidade. Era
comum ele ter discussões com clientes que não queriam pagar a conta”, informa o
delegado plantonista Paulo Junqueira.
Há 15 dias, segundo o delegado, Cleber teve uma
discussão muito forte com um rapaz que não quis pagar a conta no
estabelecimento dele. O cliente teria ameaçado retornar ao local e fazer alguma
coisa contra a vida do proprietário da casa noturna.
Segundo ainda a polícia, “Fofo” também já foi
usuário de drogas e teve uma recaída ainda este ano, quando passou quatro meses
usando entorpecentes. “Precisamos saber se ele ficou com alguma dívida com
traficantes”, acrescenta Paulo Junqueira.
Ele acrescenta que a vítima já havia sido presa por
cárcere privado, na época em que era dono de uma boate no município de Tucumã,
onde mantinha algumas garotas de programa presas e que só podiam sair com a
autorização dele.
Outra situação que vem sendo apurada pela Polícia Civil
é o fato de um rapaz ter sido preso dentro da boate de “Fofo” por tráfico de
drogas. Na época, o dono do estabelecimento foi conduzido até a delegacia junto
com o acusado, mas logo foi liberado. Na semana em que o rapaz havia sido
preso, um bilhete chegou até a boate ameaçando a vítima por conta da prisão.
“Ele era um cara
famoso na cidade, conhecido e benquisto por suas funcionárias, mas seu estilo
de vida era de alguém que tinha várias desavenças. Estamos fazendo levantamento
de todas essas situações até chegarmos a um verdadeiro autor do crime”, conclui
o delegado Paulo Junqueira, acrescentando que a polícia ouviu as mulheres que
trabalham na boate e está apurando imagens das câmeras do estabelecimento e das
ruas que ficam próximas ao local do crime.
(Vela Preta/Waldyr Silva)
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