sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Fazendeiros interditam Rodovia PA 275 durante sete horas

Alegando que um grupo de pessoas integrantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) invadiu a sede da Fazenda Fazendinha (localizada às margens da Rodovia PA 275, entre os municípios de Parauapebas e Curionópolis), cortou cerca de arame e matou reses, o fazendeiro Sidney Rubens Oliveira Barreto, conhecido por “Dão”, pai de Kênia de Freitas Barreto, dona da fazenda, com apoio de pecuaristas da região, interditou a PA 275.

A interdição da estrada durou das 5 horas da madrugada ao meio-dia desta quinta-feira (12), provocando grandes transtornos para quem utilizava a rodovia e não podia prosseguir viagem.

À reportagem, o fazendeiro “Dão” explicou que, dos 78 alqueires da fazenda, os sem-terra ocupam 8 alqueires, e agora querem se apropriar de toda a propriedade. “Diante desse descaso das autoridades, resolvemos interditar a estrada, até que alguma solução seja tomada para solucionar o impasse”.

Antonia Alcilene, membro do MST, denunciou que os fazendeiros dispararam tiros em direção ao acampamento e ela foi atingida de raspão por uma bala na coxa esquerda. “Muita gente não acredita que foi bala, mas tenho certeza que foi”, assegura a mulher, mostrando a perna roxa.

Por sua vez, Doraci de Melo, coordenadora do MST no acampamento Frei Henry, diz que os latifundiários apresentam sempre a desculpa que os sem-terra vivem atormentando a vida deles. “Agora, estão nos acusando de ter cortado cerca de arame e matado gado deles. Isso não procede”, rebate Doraci de Melo.

“Fomos marcar nossa área, para fazer roça, e atingidos com bala. Estamos acampados aqui, em torno de 280 famílias, com o consentimento do Ministério de Desenvolvimento Agrário, por meio do programa Terra Legal, porque a terra não pertence aos fazendeiros. Estamos aqui para produzir alimentos”, declara a coordenadora do MST. (Vela Preta/Waldyr Silva)

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