Preso em menos de 24 horas após cometer o homicídio na
última sexta-feira (20), o mototaxista José Domingos Araújo Medeiros, 38 anos,
natural de Vargem Grande (MA), confessou à polícia que matou o colega de
profissão Gilmar Martins Gomes de Sousa, 35 anos, porque descobrira que o mesmo
estava saindo com sua mulher, Alderice Souza Oliveira Medeiros.
Gilmar Martins foi assassinado a facadas na estrada
de chão do morro que dá acesso à Praça da Bíblia, no Bairro Jardim Canadá, em
Parauapebas, a poucos metros da Delegacia de Polícia Civil.
Em depoimento à polícia, José Domingos contou que
trabalhava há 8 anos na companhia do então colega Gilmar no ponto de mototáxi
localizado na Rua F, Bairro União, onde se tornaram grandes amigos.
Ele acrescenta que há dois meses a vítima pediu para
colocar umas cabeças de gado na propriedade rural do acusado, a 60 quilômetros
do centro de Parauapebas, tendo como recompensa a retirada de leite das vacas.
Nesse período, de acordo ainda com o depoente, Gilmar
Martins passou a visitar o sítio com mais frequência, quando iniciou o
relacionamento com a mulher do acusado.
José Domingos confessa que tomou conhecimento da suposta
traição por meio de um amigo dele conhecido por Filho, que teria presenciado o
amante com a mulher na rotatória do Bairro Tropical.
Premeditado
Segundo ainda o mototaxista, como Gilmar não sabia
da descoberta do triângulo amoroso, minutos antes do crime José Domingos telefonou
para a vítima e solicitou uma carona até a casa de outro amigo, para apanhar
alguns objetos.
Pedido aceito, Gilmar conta que ambos subiram a
ladeira das torres de comunicação na motocicleta da vítima e a certa altura
ordenou que parasse o veículo e desferiu o primeiro golpe de faca no pescoço do
traidor, que ainda tentou reagir, mas
foi atingido mortalmente com outras seis facadas.
Por fim, o réu confesso alegou no depoimento que não
matou por ciúmes, mas porque acreditava que a intenção de Gilmar era tomar seu
patrimônio, conseguindo que a esposa se separasse do marido para ficar com
parte dos bens e, depois, repassar para a vítima,
Indagado pela reportagem sobre o boato de que José
Domingos após cometer o crime teria se deslocado para o sítio de sua
propriedade rural para matar também a mulher traidora, o delegado Thiago
Carneiro Rodrigues descartou essa possibilidade, uma vez que o homicida foi
preso no momento em que se encontrava ao lado da companheira dele.
“Ele [José Domingos] afirmou que não teria coragem
de fazer isso. Quando o prendemos ele estava na companhia dela e não percebemos
qualquer intenção neste sentido, mas vamos investigar a situação”, afirmou a
autoridade policial. (Vela Preta/Waldyr
Silva)
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