sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Delegada investiga se criança era ofertada em rituais de tortura e magia negra



A delegada Ana Carolina Carneiro de Abreu, titular da Delegacia Especializa de Atendimento à Mulher (Deam), em Parauapebas, declarou em entrevista coletiva que a principal linha de investigação é saber se a criança era ofertada em rituais de magia negra pelo padrasto Deyvyd Renato Oliveira Brito e pela mãe biológica Irislene da Silva Miranda.

“Os abusos sexuais já foram comprovados em exames. Não foi a primeira vez, pois havia lesões antigas e a criança morreu por traumatismo craniano, provavelmente de espancamento. A lesão era muito forte e não condiz com uma queda na cama. Então, nossa linha de investigação é que essa criança já vinha sendo ofertada para magia negra, com sessões de tortura e espancamento”, relatou a delegada.

Conforme foi noticiada neste blog, a criança, de um ano e oito meses de idade, foi internada em estado grave na terça-feira (7) no Hospital Geral de Parauapebas pelo próprio casal, com quadro de parada cardíaca, mas a equipe médica conseguiu reanimá-la. Na quarta-feira (8), a criança faleceu.

De acordo com a delegada, nos exames médicos foi constatado que a criança tinha sido abusada sexualmente pelo padrasto, com o consentimento da mãe, situação que levou os dois a serem presos pela polícia.

Na tomada de depoimentos, Ana Carolina detectou fortes indícios de que a inocente criança era ofertada em sessões de magia negra, onde era espancada e violentada sexualmente, em rituais satânicos conduzidos pelo padrasto e a própria mãe.

Em revista na residência dos acusados, localizada na Rua Axixá, Bairro Liberdade II, a polícia foi informada pela vizinhança que o local era usado para rituais estranhos. No interior da casa foram encontrados muitos objetos que levam a crer que ali era um local onde se fazia magia negra. O próprio Deyvyd Renato anunciava nas redes sociais que mexia com “forças ocultas” e fazia “trabalhos”.

A delegada Ana Carolina descobriu que o acusado morava há poucos meses em Parauapebas, tendo vindo fugido do distrito de Outeiro, município de Belém, acusado de estupro de vulnerável em Icoaraci, onde foram encontrados ossos humanos em sua residência. Pesam ainda contra Deyvyd as acusações de que ele matou o próprio padrasto e cortou o corpo em pedacinhos.

“Este caso é uma monstruosidade, porque não era nem uma negligência por fator social ou por medo, pois muitas mães são negligentes porque é do agressor que vem o sustento, porque há dependência afetiva. Neste caso, a mãe da criança era cúmplice da atrocidade que eles cometeram. Para mim, os dois são psicopatas; são mentes doentias”, avalia a delegada. (Vela Preta / Waldyr Silva)

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