A Polícia Civil continua investigando as circunstâncias
da morte da jovem Mikaely Steffany Ferraz Spindola, de 22 anos, ocorrida na última
quinta-feira (1º) num condomínio localizado na Avenida Amazonas, Bairro Rio
Verde, em Parauapebas.
Segundo foi apurado até a produção desta matéria, a única
pessoa que estava presente no imóvel no dia da morte da moça era o cabo E.Gledson,
da Polícia Militar, apontado como namorado da vítima e dono da arma usada no
suposto suicídio, mas ele sustenta que a jovem se matou.
A morte de Mikaely foi comunicada pelo próprio PM,
que se apresentou espontaneamente à Delegacia de Polícia Civil, como suicídio. A
delegada Yanna Azevedo, responsável pela investigação do caso, afirma que as
circunstâncias da morte estão sendo investigadas para confirmar a versão apresentada
pelo policial ou, então, enquadrá-lo como um possível homicídio.
A autoridade policial informou à reportagem que solicitou
ao Instituto Médico Legal (IML) perícias no local do crime, na arma, no corpo
da vítima e nos aparelhos de celular de ambos, com urgência, e aguarda o
resultado dos laudos.
De acordo ainda com o que apurou a delegada, a jovem
já havia tentado tirar a própria vida anteriormente, mas isso ainda está sendo investigado.
Ouvido pela reportagem, o ten-cel. Pedro Paulo
Celso, comandante do 23º Batalhão da Polícia Militar, onde o cabo é lotado,
explica que ao se apresentar à guarnição o policial estava muito abalado com o
ocorrido e sustentou que a moça havia cometido suicídio.
Logo após o caso repercutir em Parauapebas e região,
principalmente a partir de mensagens em redes sociais e aplicativos de troca de
mensagens, muitas pessoas começaram a questionar se o fato foi realmente um suicídio.
Instado a opinar sobre esta situação, o comandante Pedro
Paulo respondeu que nesse momento é importante investigar as versões
apresentadas sobre o ocorrido. “Se existe alguém que possa confirmar ou afirmar
com veemência que não foi suicídio gostaria que procurasse as autoridades para
repassar as informações, porque os ‘achismos’ não são fatos, e quem alega deve
comprovar", observou o oficial.
O tenente-coronel esclarece também que, como até
agora não há nenhuma acusação formal contra o policial, ele será encaminhado
para o setor psicossocial, onde vai passar por uma avaliação, e posteriormente
retornará à atividade normal de policiamento preventivo na cidade.
“Queremos esclarecer isso definitivamente, para
evitar qualquer tipo de comentário posterior. Estamos absolutamente sempre ao
lado da lei e da verdade, que será esclarecida”, finalizou o comandante do 23º BPM.
A reportagem não conseguiu
localizar o cabo E.Gledson nem algum membro da família enlutada para falar
sobre a trágica morte da jovem. (Vela
Preta/Waldyr Silva)