A Polícia Civil está investigando quatro adultos e
um adolescente acusados de roubo de gado em Parauapebas. Valmir Júnior, o
Baiano; Marco Antônio, Danildo Castelo e a companheira dele, Poliana Silva
Lima, que é presidente da Associação de Moradores do Bairro dos Minérios, além de
um adolescente de 16 anos, foram encaminhados para a 20ª Seccional Urbana de
Polícia Civil e ouvidos em depoimento na última sexta-feira (22).
De acordo com o delegado Paulo Junqueira, titular da
Divisão de Combate a Crimes contra Patrimônio, os acusados depois de ouvidos em
depoimento foram liberados, por não haver mandados de prisão preventiva, mas
poderão ser indiciados pelo crime ao término do inquérito policial instaurado
para investigar a situação.
Segundo o delegado, o inquérito foi consequência de
uma investigação que vem acontecendo há cerca de um mês, “quando fomos
informados que estava havendo constantes furtos na zona rural da Palmares I e
Palmares II e que haveria uma quadrilha que arquitetava o crime na madrugada”.
A partir daí, continua a autoridade, a equipe
policial começou a fazer uma série de levantamentos, chegando à conclusão de
que “Baiano” era quem estava arquitetando os crimes, junto com Danildo e Marco,
que organizavam tudo e aproveitavam a madrugada para invadir fazendas e furtar
gado.
“Estamos pegando o depoimento deles e ouvindo as
pessoas que ajudavam a tirar o gado da fazenda. Também está apreendido na
delegacia o caminhão que Baiano utilizava para fazer os furtos. Uma das
vítimas, de quem já colhemos depoimento, teve 11 cabeças de gado furtadas.
Esses animais já foram encontrados e serão transladados de volta à
fazenda", explica Paulo Junqueira, adicionando que as denúncias foram
fundamentais para que os policiais chegassem aos suspeitos.
O delegado não se aprofundou no teor dos depoimentos
dos suspeitos, mas afirmou que, informalmente, antes de serem ouvidos alguns
confessaram participação. Marco Antônio afirmou à reportagem que trabalhou com
o gado, mas não fazia ideia de que ele era roubado.
"Me pagaram uma diária de vaqueiro. O cara
disse que era legal e na hora deu esse 'bo', porque o gado era roubado. Eu não
sabia de nada quando fui preso", afirmou Marco Antônio, acrescentando que
trabalha em açougue e decidiu aceitar o ‘bico’ oferecido.
"Fomos [ele, Danildo e o adolescente] na diária
e recebemos o pagamento. Fomos duas vezes de dia para uma fazenda, prendemos o
gado e ele [Baiano] levou no caminhão. Pensamos que era dele, mas era roubado”,
afirma, dizendo que só foi preso porque não imaginou que corresse esse risco.
"Se eu soubesse não estava andando tranquilo na rua”.
A reportagem não teve acesso a Danildo, mas a esposa
dele relatou que foi apenas dar uma carona para o marido, o menor e Marco até o
local onde os três, supostamente, trabalhariam. “Agora estou presa por causa
disso, mas não participei de roubo", sustentou.
O menor, que também conversou com a reportagem,
alegou inocência. "Me chamaram para mexer com o gado. Fomos na sexta-feira,
trouxemos o gado numa carreta e deu nisso. Baiano foi chamado para fazer um
frete e acabou comprando o gado". Procurado, Baiano não quis falar com a imprensa.
(Vela Preta/Waldyr Silva)
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