Ricardo Soares |
Aílton Pereira, o Bazuca |
Cleber Pereira da Conceição, mais conhecido como Neguinho,
preso inicialmente com o nome de Welton Paulo dos Santos, na madrugada da
última quarta-feira (24), em Parauapebas, é apontado pela Polícia Civil da
cidade como o autor dos dois disparos que tiraram a vida do empresário Altamiro
Borba Soares, 38 anos, durante um assalto na manhã da última segunda-feira (22).
Segundo o delegado Thiago Carneiro Rodrigues, assim
que outro envolvido, Aílton Pereira de Lima, o Bazuca, preso em Marabá, foi
levado para Parauapebas, acabou contando que Cleber foi quem apertou o gatilho.
“Fizemos uma acareação entre o Aílton e o Cleber e descobrimos realmente quem
foi o autor dos disparos. Cleber, além disso, deu o nome errado quando foi
preso, mas posteriormente descobrimos que Welton se tratava de um primo dele.
Isso vai acarretar ainda no crime de falsidade ideológica”, explicou o
delegado.
Ainda de acordo com a autoridade responsável pelo
inquérito que apura o crime, o intuito da quadrilha – que tem três pessoas
presas e duas foragidas – era roubar outros dois empresários na mesma manhã e
circunstância. “O objetivo era só roubar a vítima, sem matá-la, e parece que
teria mais duas pessoas, dois empresários, que também seriam roubados na
agência. Os crimes só foram abortados porque a primeira situação deu errada”, narra.
PROCURADO
A Polícia Civil procura, agora, por um indivíduo
identificado como Caburé e Ricardo Soares da Silva, que utilizava o nome de
Sandro Santos da Costa, o qual, inclusive, já havia sido preso anteriormente na
mesma delegacia. “Ele agora está civilmente identificado e o mandado de prisão
preventiva contra ele já foi expedido”, informou Thiago Carneiro.
O delegado destacou ainda que os responsáveis pelo
planejamento do crime foram Ricardo e Aílton. “Eles estavam planejando isso há
dois meses. Além disso, sabemos que Rude (de Souza Reis) – esposa de Ricardo – facilitou
a fuga e deu elementos materiais para que os demais membros da quadrilha
fugissem. Estamos investigando, ainda, a participação de uma adolescente,
esposa de Aílton”, acrescentou.
Quem tiver qualquer informação do paradeiro de
Ricardo, através da foto dele divulgada para a imprensa, pode procurar a
delegacia da cidade ou telefonar para os números 190 e 181. “Vamos até o fim
para prender o restante da quadrilha e darmos uma resposta para a sociedade de
Parauapebas”, finalizou o delegado.
PRISÕES
As prisões de Cleber Pereira da Conceição, Rude de
Sousa Reis e Aílton Pereira de Lima ocorreram na madrugada de quarta-feira (24),
assim que a Polícia Civil conseguiu identificar a quadrilha. Rude e Cleber
foram presos em Parauapebas, ela em casa e ele na residência de Ailton, que foi
preso em Marabá, no Bairro Belo Horizonte, em companhia de Ricardo. Como até
então a polícia não possuía provas para manter Ricardo preso, ele acabou sendo
liberado.
Aílton foi mantido detido graças a um mandado de
prisão expedido contra ele em Tucuruí, pelo crime de roubo. Rude, por sua vez,
possuía um carregador e munições de pistola em casa e Cleber estava em posse de
R$ 14 mil, fruto do assalto. Ainda na casa de Aílton, em Parauapebas, a Polícia
encontrou R$ 5 mil em posse da esposa dele. (Vela Preta/Luciana Marschall)
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