Pezão encontrado morto |
Dieme Souza Silva |
Foi encontrado na tarde de sexta-feira (19) o corpo
do indivíduo conhecido como “Pezão” às margens do km 52 da rodovia PA 275, em
Parauapebas. Até esta segunda-feira (22), ninguém havia comparecido no
Instituto Médico Legal (IML), em Marabá, para fazer a liberação da vítima,
morta com seis tiros. O pai do morto teria declarado que não faria a
identificação, porque Pezão era violento e chegava, inclusive, a agredir
familiares.
Um adolescente que prestou informações ao delegado
Thiago Carneiro informou que conhecia a vítima apenas pelo apelido, com
aparência de aproximadamente 30 anos, moreno, forte, alto, de cabelos pretos e com
várias tatuagens, características semelhantes às do corpo encontrado.
O menor contou que quando retornava para casa, na
madrugada de quinta (18), ouviu dizer que, naquela quarta, dois veículos – um
Gol preto e um Gol prata – chegaram ao bairro e deles desceram vários homens.
Os indivíduos teriam invadido a casa de Pezão e o carregado para dentro do porta-malas
de um dos carros.
O adolescente informou ainda não saber se Pezão
estava sendo ameaçado, mas sabia que ele possuía inimigos, porque, segundo o
que o próprio morto teria contado, recentemente pegou uma moto emprestada de um
morador do bairro e a trocou por 20 gramas de crack. Pezão era conhecido da
polícia por várias acusações por assaltos e roubos, além de ser usuário de
drogas.
QUADRILHA
Um dia após o corpo de Pezão aparecer, a Polícia
Militar prendeu Dieme Souza Silva, conhecido como Gustavo, apontado como
integrante da quadrilha à qual Pezão também pertencia. Segundo informações dos
policiais, prestadas na Delegacia de Polícia Civil, na manhã de sábado (20) a
guarnição do Grupo Tático Operacional (GTO) soube que, no Bairro Nova Carajás,
uma quadrilha estaria “tacando o terror”, além de estar planejando o
assassinato de dois policias militares.
A partir disso, a guarnição saiu à procura de Dieme,
o próprio Pezão - sem saber que era dele o corpo encontrado - e os indivíduos
identificados como Diego, Flávio, Filho e um adolescente. De todos os
procurados, os policiais encontraram apenas Dieme, que estava em frente de
casa, onde foi encontrada uma pedra de crack de 17 gramas.
Ele recebeu voz de
prisão pelo crime de tráfico. Os policiais foram, ainda, na oficina de motos
pertencente a Flávio, onde não o encontraram. No local, entretanto, havia
veículos e peças de origem duvidosa, que foram apreendidos e encaminhados para averiguação
na delegacia.
Após ser preso, Dieme foi reconhecido por um assalto
praticado a uma residência, mas negou este crime, jogando a responsabilidade em
Diego, que não foi encontrado, além de dizer que não é traficante e que trabalha
como pedreiro. Afirmou também que conhece as outras pessoas procuradas pelos
policiais e que, inclusive, havia o comentário de que Pezão estava desaparecido
há alguns dias. Dieme já possuía passagens pelos crimes de porte ilegal de arma
de fogo e suspeita de homicídio.
"A situação do Pezão é grave. Nós já estávamos
investigando ele, que é assíduo praticante de assaltos aqui na cidade,
principalmente no Bairro Nova Carajás, tanto que o comparsa dele foi preso
neste final de semana”, afirmou o delegado Thiago Carneiro, comentando ainda
qual a linha investigativa da Polícia Civil. “Acreditamos na hipótese de
vingança por ele ser uma pessoa muito perigosa”. (Vela Preta/Luciana Marschall)
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