segunda-feira, 22 de julho de 2013

Envolvido em crimes aparece morto na rodovia PA 275

Pezão encontrado morto

Dieme Souza Silva
Foi encontrado na tarde de sexta-feira (19) o corpo do indivíduo conhecido como “Pezão” às margens do km 52 da rodovia PA 275, em Parauapebas. Até esta segunda-feira (22), ninguém havia comparecido no Instituto Médico Legal (IML), em Marabá, para fazer a liberação da vítima, morta com seis tiros. O pai do morto teria declarado que não faria a identificação, porque Pezão era violento e chegava, inclusive, a agredir familiares.

Um adolescente que prestou informações ao delegado Thiago Carneiro informou que conhecia a vítima apenas pelo apelido, com aparência de aproximadamente 30 anos, moreno, forte, alto, de cabelos pretos e com várias tatuagens, características semelhantes às do corpo encontrado.

O menor contou que quando retornava para casa, na madrugada de quinta (18), ouviu dizer que, naquela quarta, dois veículos – um Gol preto e um Gol prata – chegaram ao bairro e deles desceram vários homens. Os indivíduos teriam invadido a casa de Pezão e o carregado para dentro do porta-malas de um dos carros.

O adolescente informou ainda não saber se Pezão estava sendo ameaçado, mas sabia que ele possuía inimigos, porque, segundo o que o próprio morto teria contado, recentemente pegou uma moto emprestada de um morador do bairro e a trocou por 20 gramas de crack. Pezão era conhecido da polícia por várias acusações por assaltos e roubos, além de ser usuário de drogas.

QUADRILHA
Um dia após o corpo de Pezão aparecer, a Polícia Militar prendeu Dieme Souza Silva, conhecido como Gustavo, apontado como integrante da quadrilha à qual Pezão também pertencia. Segundo informações dos policiais, prestadas na Delegacia de Polícia Civil, na manhã de sábado (20) a guarnição do Grupo Tático Operacional (GTO) soube que, no Bairro Nova Carajás, uma quadrilha estaria “tacando o terror”, além de estar planejando o assassinato de dois policias militares.

A partir disso, a guarnição saiu à procura de Dieme, o próprio Pezão - sem saber que era dele o corpo encontrado - e os indivíduos identificados como Diego, Flávio, Filho e um adolescente. De todos os procurados, os policiais encontraram apenas Dieme, que estava em frente de casa, onde foi encontrada uma pedra de crack de 17 gramas. 

Ele recebeu voz de prisão pelo crime de tráfico. Os policiais foram, ainda, na oficina de motos pertencente a Flávio, onde não o encontraram. No local, entretanto, havia veículos e peças de origem duvidosa, que foram apreendidos e encaminhados para averiguação na delegacia.

Após ser preso, Dieme foi reconhecido por um assalto praticado a uma residência, mas negou este crime, jogando a responsabilidade em Diego, que não foi encontrado, além de dizer que não é traficante e que trabalha como pedreiro. Afirmou também que conhece as outras pessoas procuradas pelos policiais e que, inclusive, havia o comentário de que Pezão estava desaparecido há alguns dias. Dieme já possuía passagens pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e suspeita de homicídio.

"A situação do Pezão é grave. Nós já estávamos investigando ele, que é assíduo praticante de assaltos aqui na cidade, principalmente no Bairro Nova Carajás, tanto que o comparsa dele foi preso neste final de semana”, afirmou o delegado Thiago Carneiro, comentando ainda qual a linha investigativa da Polícia Civil. “Acreditamos na hipótese de vingança por ele ser uma pessoa muito perigosa”. (Vela Preta/Luciana Marschall)

Nenhum comentário:

Postar um comentário