terça-feira, 30 de julho de 2013

Parauapebas protesta ante a violência desenfreada na cidade

Altair Borba

Cartazes clamando por justiça

Representação na praça
O assassinato do empresário Altamiro Borba Soares, 38 anos, no último dia 22, quando ele entrava em uma agência bancária de Parauapebas para depositar a renda dos postos de combustíveis que gerenciava, provocou sentimento de pesar e revolta na cidade, onde a violência cresce, sem controle, dia a dia. A indignação de boa parte da população resultou em manifestação na tarde desta segunda-feira (29), uma semana depois do crime, na Praça de Eventos.

Centenas de pessoas, portando cartazes e faixas com protestos contra a criminalidade, compareceram ao local, onde aconteceram discursos e encenações, alertando às autoridades sobre a sensação de medo e insegurança que vem, há muito, se instalando na cidade, e que culminou com a morte de Altamiro, ex-secretário municipal e pessoa muito conhecida e benquista em Parauapebas, nos meios empresarial e político.

O advogado Jakson Sousa Silva, presidente da Subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em Parauapebas, declarou à reportagem que a morte do Altamiro Borba foi o estopim para que a cidade "acordasse" e fosse à praça pedir paz e, principalmente, segurança, não só pelo assassinato do empresário, mas de tantas outras pessoas que já foram vítimas fatais da violência.

"Junto com algumas entidades, como a Câmara Municipal, Acip (Associação Comercial e Industrial de Parauapebas) e CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), fizemos uma reunião na semana passada e resolvemos fazer essa manifestação, para que as autoridades acordem e o Governo do Estado nos ajude a resolver esses problemas", explicou o advogado.

Segundo Jakson, hoje a sociedade está participando dos processos de segurança pública emitindo opinião. "E a nossa instituição, a OAB, como garantidora dos direitos humanos e da segurança pública, está aqui para prestigiar e cobrar das autoridades a efetiva atuação nas nossas comunidades, como tem de ser feito", concluiu.

Altair Borba Soares, ex-vereador da Câmara Municipal de Parauapebas e irmão de Altamiro, informou que a família dele mora em Parauapebas há muitos anos. "Infelizmente, por causa de alguns elementos que não têm amor a Deus, a violência levou o meu irmão Altamiro", lamentou.

Ele lembra que essa violência não acontece só em Parauapebas, mas em muitos outros lugares, em que há pessoas perdendo irmãos e filhos. "Não é isso que queremos; esperamos viver, trabalhar em paz, com tranquilidade, para poder criar nossos filhos e ajudar esta cidade a se desenvolver", destaca.

Altair Borba disse que a manifestação teve o objetivo de cobrar das autoridades justiça, para que a violência diminua e que haja investimentos em segurança pública, aumentando o número de policiais civis e militares na cidade.

"A cidade cresce e o governo não acompanha esse crescimento. Já não aguentamos mais essa situação; tem senhoras sendo assaltadas e estupradas constantemente na cidade. E hoje, como familiar de uma vítima, estamos aqui para fortalecer esse movimento. Hoje foi um membro da minha família, mas poderia ser de qualquer um”, encerrou Altair Borba. (Vela Preta/Eleutério Gomes)

Oito ladrões de moto presos em Parauapebas e Marabá



A Polícia Militar de Parauapebas e a Polícia Civil de Marabá conseguiram prender, nesta segunda-feira (29), uma quadrilha de oito pessoas que atuavam roubando motos na região. Em Parauapebas, foram presos Isaías Ferreira Cavalcante (22 anos), Eduardo da Silva (18 anos), Jailson Ferreira Cavalcante (19 anos), Valmir Braga Nunes (21 anos), Adrielson Braga Nunes (21anos) e Valdemir de Jesus Braga, 23 anos. Já em Marabá, foram presos pela Polícia Civil Raimundo Alessandro Pompeu da Cruz (22 anos), e Pablo Leonardo Costa dos Santos, 19 anos.

Segundo a PM, ainda de madrugada, por volta das 4 horas, foram presos Isaías e Eduardo, que estavam circulando em posse de uma motocicleta Factor preta, roubada. Os dois foram interrogados e Isaías acabou informando que a moto havia sido encomendada pelo valor de R$ 600 por um homem identificado apenas como "Zé do Ovo", que mora no Bairro Casas Populares II. O Grupo Tático Operacional (GTO) deu apoio à guarnição que começou o trabalho e a equipe foi até o bairro, não encontrando o suspeito.

Durante este tempo, Isaías foi questionado, ainda, a respeito de uma motocicleta Honda Biz que havia sido roubada na noite de quarta-feira. Ele negou que fosse o responsável pelo roubo, porém disse saber onde ela estava, levando os policiais até as Casas Populares II, na casa de Adrielson Braga Gomes, onde foi encontrada a motocicleta, além de máscaras e a carcaça de uma Titan 150.

Em efeito dominó, Adrielson contou que a Biz seria entregue para José Warison Barroso de Lima, que não foi localizado, além de contar que costuma roubar as motos em companhia de Pablo Leonardo, preso apenas algumas horas depois, em Marabá. Ele informou, ainda, que Warison era o responsável por revender as motos em dois bairros de Parauapebas e na cidade de Curionópolis.

Além disso, contou aos policiais que uma motocicleta CB 300, roubada há aproximadamente um mês, havia sido vendida para Valmir Braga Nunes, chegando a levar os policiais até a casa dele, no Bairro Altamira, onde esta moto também foi encontrada, escondida em um quarto. Valmir, por sua vez, contou ainda que havia uma moto Biz preta, roubada em frente a um posto de combustíveis há alguns dias, que estava com seu irmão, Valdemir de Jesus Braga, também preso em casa.

“Tudo começou com a prisão de Isaías e Eduardo, flagrados pilotando uma moto roubada. Eles denunciaram o restante da quadrilha”, comentou o sargento Roberlan, da Polícia Militar de Parauapebas. Ao todo, foram recuperadas cinco motocicletas que estavam com a quadrilha. Em Marabá, a reportagem ouviu Raimundo e Pablo Leonardo, que assumiram os roubos de moto. Eles contam que saíram de Parauapebas na noite de segunda, pouco antes de a quadrilha começar a cair, mas nem assim escaparam das prisões, já que a Polícia Civil de Marabá foi informada da localização deles em Marabá.

Pablo contou que cometia os assaltos utilizando um revólver calibre 32 e recordando o roubo de duas motocicletas Biz, ambas recuperadas. “A gente nem sabia que ia sujar a parada; viemos de noite pra Marabá e de madrugada caiu a casa pra todo mundo”, comentou. Ele acrescentou, ainda, que as motos roubadas são vendidas, geralmente, por R$ 1 mil ou R$ 1.500. A prisão de ambos ocorreu no Bairro Laranjeiras, onde estavam hospedados na casa de um amigo. Os dois foram encaminhados, ainda nesta segunda, para Parauapebas. (Vela Preta/Evangelista Rocha/Luciana Marschall)

sábado, 27 de julho de 2013

Polícia Civil descobre quem foi o atirador em latrocínio

Ricardo Soares

Aílton Pereira, o Bazuca
Cleber Pereira da Conceição, mais conhecido como Neguinho, preso inicialmente com o nome de Welton Paulo dos Santos, na madrugada da última quarta-feira (24), em Parauapebas, é apontado pela Polícia Civil da cidade como o autor dos dois disparos que tiraram a vida do empresário Altamiro Borba Soares, 38 anos, durante um assalto na manhã da última segunda-feira (22).

Segundo o delegado Thiago Carneiro Rodrigues, assim que outro envolvido, Aílton Pereira de Lima, o Bazuca, preso em Marabá, foi levado para Parauapebas, acabou contando que Cleber foi quem apertou o gatilho. “Fizemos uma acareação entre o Aílton e o Cleber e descobrimos realmente quem foi o autor dos disparos. Cleber, além disso, deu o nome errado quando foi preso, mas posteriormente descobrimos que Welton se tratava de um primo dele. Isso vai acarretar ainda no crime de falsidade ideológica”, explicou o delegado.

Ainda de acordo com a autoridade responsável pelo inquérito que apura o crime, o intuito da quadrilha – que tem três pessoas presas e duas foragidas – era roubar outros dois empresários na mesma manhã e circunstância. “O objetivo era só roubar a vítima, sem matá-la, e parece que teria mais duas pessoas, dois empresários, que também seriam roubados na agência. Os crimes só foram abortados porque a primeira situação deu errada”, narra.

PROCURADO
A Polícia Civil procura, agora, por um indivíduo identificado como Caburé e Ricardo Soares da Silva, que utilizava o nome de Sandro Santos da Costa, o qual, inclusive, já havia sido preso anteriormente na mesma delegacia. “Ele agora está civilmente identificado e o mandado de prisão preventiva contra ele já foi expedido”, informou Thiago Carneiro.

O delegado destacou ainda que os responsáveis pelo planejamento do crime foram Ricardo e Aílton. “Eles estavam planejando isso há dois meses. Além disso, sabemos que Rude (de Souza Reis) – esposa de Ricardo – facilitou a fuga e deu elementos materiais para que os demais membros da quadrilha fugissem. Estamos investigando, ainda, a participação de uma adolescente, esposa de Aílton”, acrescentou.

Quem tiver qualquer informação do paradeiro de Ricardo, através da foto dele divulgada para a imprensa, pode procurar a delegacia da cidade ou telefonar para os números 190 e 181. “Vamos até o fim para prender o restante da quadrilha e darmos uma resposta para a sociedade de Parauapebas”, finalizou o delegado.

PRISÕES
As prisões de Cleber Pereira da Conceição, Rude de Sousa Reis e Aílton Pereira de Lima ocorreram na madrugada de quarta-feira (24), assim que a Polícia Civil conseguiu identificar a quadrilha. Rude e Cleber foram presos em Parauapebas, ela em casa e ele na residência de Ailton, que foi preso em Marabá, no Bairro Belo Horizonte, em companhia de Ricardo. Como até então a polícia não possuía provas para manter Ricardo preso, ele acabou sendo liberado.

Aílton foi mantido detido graças a um mandado de prisão expedido contra ele em Tucuruí, pelo crime de roubo. Rude, por sua vez, possuía um carregador e munições de pistola em casa e Cleber estava em posse de R$ 14 mil, fruto do assalto. Ainda na casa de Aílton, em Parauapebas, a Polícia encontrou R$ 5 mil em posse da esposa dele. (Vela Preta/Luciana Marschall)

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Cleber se passou pelo primo Welton

Cleber Pereira 

Welton Paulo
Welton Paulo dos Santos procurou a 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, em Parauapebas, para informar que seu primo, Cleber Pereira da Conceição, se passou por ele ao ser preso, na madrugada da última quarta (24), pelo latrocínio de Altamiro Borba Soares. Em depoimento ao delegado Thiago Carneiro, Welton informou que descobriu através da imprensa e de familiares, que o telefonaram, que seu nome estava sendo divulgado como sendo membro da quadrilha responsável pelo crime.

Welton contou que há aproximadamente cinco meses Cleber chegou a morar em sua casa por uma semana, na ocasião em companhia de outro homem que ele não sabe identificar. Ele informou, ainda, que mandou Cleber sair do local após descobrir que ele havia fugido da Delegacia de Canaã dos Carajás, onde havia sido preso pelo crime de tráfico de drogas.

De acordo com Welton, na terça-feira (23), um dia após o latrocínio, Cleber o telefonou perguntando se ele iria para Canaã dos Carajás, porque gostaria de enviar R$ 2 mil para o pai. Sabendo que o primo não tinha emprego, Welton questionou de onde havia saído o dinheiro ao que Cleber respondeu que havia ganhado de maneira fácil, mas não contaria como para que Welton não contasse ao restante da família.

Welton diz que, na mesma hora, suspeitou de que o primo tivesse algum envolvimento no crime, amplamente divulgado, e falou para Cleber que, se o dinheiro fosse proveniente do roubo, dessa vez ele iria 'se rodar'. Cleber, então, teria dito que se o primo contasse algo para alguém daria um tiro em sua cabeça. No dia seguinte, Welton soube que Cleber havia sido preso com grande quantidade de dinheiro.

Ele contou, ainda, que Cleber é foragido também de Goiânia, onde cumpriu mais de quatro anos por um homicídio e fugiu. Segundo o primo, na época daquele crime, Cleber recebeu dinheiro para agir como pistoleiro, indo à cidade matar uma pessoa e que foi preso durante a fuga. (Vela Preta/Luciana Marschall)

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Polícia prende parte da quadrilha que matou empresário Altamiro Borba

Elton Paulo

Rude de Sousa

Na madrugada desta quarta-feira (24), sob o comando do ten-cel. Mauro Sérgio, subtenente Pamplona, sargentos Edilson, A.Pereira e A.Silva, e o delegado Thiago Carneiro, foram presos Elton Paulo dos Santos, 21 anos, e Rude de Sousa Reis, 32, acusados de envolvimento no assassinato do empresário Altamiro Borba Soares, ocorrido na última segunda-feira (22) em Parauapebas.

As polícias chegaram até a residência de Elton às 4 horas da madrugada. Ao perceber que a polícia estava em sua porta, Elton empreendeu fuga, retirando o forro do banheiro da casa e pulando o muro de três casas vizinhas. Ao pular em um quintal, o meliante fraturou a perna direita e foi capturado.

Na 20ª Seccional de Polícia Civil, Elton confessou participação no crime, afirmando que o autor dos disparos contra o empresário foi o comparsa conhecido por “Caburé”, ainda foragido. Caburé, no momento do assassinato, estava acompanhado de Carlos Bazuca, que pilotava a moto usada para o assalto e teria atirado porque o empresário correu para dentro do banco quando lhe foi dado voz de assalto, informou Elton, que é foragido da justiça de Goiás por ter assassinado um rapaz após uma briga em um jogo de sinuca, em 2008.

Bazuca foi preso ontem (23) à noite em Marabá, em companhia de Ricardo Soares da Silva. Os dois estão sendo recambiados para Parauapebas para serem interrogados. Detida, Rude seria esposa de Ricardo, o mentor intelectual do crime.

Segundo informou Elton, cerca de sete pessoas estiveram envolvidas no assalto, dois na moto, dois em um veículo preto, ele, Elton, em outra moto, Rude e outra mulher de prenome Bruna.

Na casa onde Elton foi preso foram encontrados cerca de 20 mil reais, dois celulares, documentos pessoais e um carregador de pistola 380 com 17 projéteis. Parte do dinheiro estava ainda com papelotes de marcação dos valores dos pacotes. A esposa do empresário esteve hoje pela manhã na Depol e reconheceu a caligrafia nos papelotes, confirmando que o dinheiro apreendido pertencia ao empresário.

Ainda segundo Elton, a quadrilha alugou duas casas em Parauapebas para servir de guarida para os criminosos. Elton afirmou ainda que no mesmo dia a quadrilha pretendia assaltar outro empresário dono de posto no Bairro Cidade Nova, em Parauapebas, mas, devido a morte do empresário, a operação foi abortada. Pelo assalto, cada um dos comparsas recebeu cerca de 14 mil reais.

Segundo o delegado Thiago Carneiro, as investigações continuarão até que todos os envolvidos estejam presos e colocados à disposição da justiça. O delegado investiga ainda a participação da quadrilha em outros assaltos ocorridos em Parauapebas. (Fonte: Blog Zé Dudu)

terça-feira, 23 de julho de 2013

Ladrões matam empresário e roubam malote de dinheiro



O empresário Altamiro Borba Soares, 38 anos, bastante conhecido em Parauapebas, foi assassinado por um assaltante que lhe roubou um malote de dinheiro na manhã desta segunda-feira (22), quando ele chegava à agência da Caixa Econômica Federal, localizada no Bairro Beira Rio. A reportagem apurou que dois homens sem capacete estavam conduzindo uma motocicleta e teriam seguido Altamiro, que se deslocou até a agência para depositar um malote contendo o dinheiro da movimentação do posto de combustíveis do qual é sócio. A quantia roubada não foi divulgada para a imprensa.

Antes mesmo de entrar na agência, ao chegar próximo da porta giratória, os bandidos efetuaram três disparos, acertando dois nas costas do empresário. Em seguida, pegaram o dinheiro e fugiram. O delegado Thiago Carneiro, da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, foi ao local e solicitou as imagens das câmeras de segurança do banco, mas, de acordo com a autoridade policial, não foram de muita ajuda.

“Por incrível que pareça, há várias câmeras na agência, mas nenhuma delas conseguiu detectar a ação do criminoso. Nem mesmo a fuga foi identificada”, relatou, acrescentando que algumas testemunhas presenciaram o crime e repassaram as características físicas dos suspeitos. “Estamos agora investigando para descobrir a autoria e então solicitar a prisão preventiva dos envolvidos”, afirmou.

O delegado também procurou a central de monitoramento das câmeras da cidade. "Constatamos a ação de alguns suspeitos ao redor da agência bancária e vamos utilizar também com isso, o que deve colaborar com nosso trabalho de investigação para apurar a rota de fuga da dupla”, acrescentou. A reportagem foi informada, também ontem, segunda, que na sexta-feira (19) o empresário já havia sido seguido por uma dupla de homens em uma moto.

Questionado a respeito, o delegado declarou que a Polícia Civil recebeu a mesma informação, que também será investigada. “Vamos ver se há alguma correlação entre essa suposta perseguição e o latrocínio". Ainda conforme o Thiago Carneiro, a Polícia Civil na cidade recebeu o reforço de três investigadores da Superintendência de Polícia Civil do Sudeste do Pará, com sede em Marabá, para auxiliar nas investigações. “Já temos algumas suspeitas e esse apoio deverá acrescentar para a gente”.

O delegado não descarta a possibilidade de alguma pessoa ligada à vítima ter participação no crime, porque os bandidos conheciam o horário em que o empresário iria à agência bancária. Ou seja, como se diz no jargão policial, teria sido "parada dada".

O corpo de Altamiro sequer chegou a ser encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Marabá e foi submetido ao exame cadavérico na cidade. "O médico tem respaldo legal, foi nomeado pela autoridade policial [delegado] e o laudo é válido como qualquer outro documento", explicou Carneiro, a respeito.

Altamiro era filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), pelo qual foi candidato a vereador e também responsável pela Secretaria Municipal de Assistência Social de Parauapebas (Semas) no governo passado. Atualmente, ele estava afastado da política e dedicava seu tempo gerenciando os postos de combustíveis da família. A reportagem procurou os familiares do empresário, que preferiram não se manifestar a respeito da morte.

Em 2008, Altamiro foi detido pela Polícia Federal por ocasião de um cumprimento de mandado judicial de desbloqueio da Estrada de Ferro Carajás, sendo liberado em seguida. Na época, ele foi acusado de ser um dos integrantes do Movimento de Trabalhadores em Mineração (MTM), que estava fechando a ferrovia, mas depois ele explicou que esteve no local apenas enquanto assessor da prefeitura para acompanhar a situação. O sepultamento ocorre hoje, terça-feira (23), no cemitério da cidade.

A Prefeitura de Parauapebas emitiu nota de pesar na qual lamenta profundamente a morte de Altamiro Borba Soares e informa que ele atuou no serviço público como secretário municipal por dois anos, entre 2009 e 2011. “O Governo Municipal expressa suas condolências a toda a família e amigos de Altamiro, reconhecendo sua importante contribuição no município como servidor público, empresário e cidadão parauapebense”. (Vela Preta/Luciana Marschall)

Facadas deixam dois mortos e um ferido

Maurício Leitão
Duas pessoas entraram em uma briga de faca que terminou em tragédia, neste sábado (20), em Parauapebas. Erisvan Viana, de 22 anos, estava em um bar quando se envolveu em uma discussão com um adolescente. Os dois começaram a brigar e sacaram as facas.

Erisvan recebeu três golpes e morreu, sendo dois no tórax e um na virilha, e ainda conseguiu atingir o outro também três vezes. O adolescente foi socorrido e encaminhado ao Hospital Municipal, onde corre risco de morte devido a um ferimento no pescoço.

Segundo o delegado Thiago Carneiro, da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, por enquanto as investigações não apontaram qual foi a causa da discussão. “Instauramos um auto de investigação pra apurar as circunstâncias do fato e saber qual a motivação dessa briga”, declarou.

Já na noite de domingo (21) foi encontrado o corpo de Maurício Leitão dos Santos, de 23 anos, no Bairro Palmares II. Ele apresentava um ferimento, também de arma branca, nas costas. O delegado disse nesta segunda (22) que a Polícia Civil ainda tem poucas informações acerca do caso, mas que também abriu inquérito policial para investigá-lo.

Os corpos de Erisvan e de Maurício foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Marabá, onde passaram pelo exame de necropsia e foram, posteriormente, liberados para os familiares. (Vela Preta/Luciana Marschall)

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Envolvido em crimes aparece morto na rodovia PA 275

Pezão encontrado morto

Dieme Souza Silva
Foi encontrado na tarde de sexta-feira (19) o corpo do indivíduo conhecido como “Pezão” às margens do km 52 da rodovia PA 275, em Parauapebas. Até esta segunda-feira (22), ninguém havia comparecido no Instituto Médico Legal (IML), em Marabá, para fazer a liberação da vítima, morta com seis tiros. O pai do morto teria declarado que não faria a identificação, porque Pezão era violento e chegava, inclusive, a agredir familiares.

Um adolescente que prestou informações ao delegado Thiago Carneiro informou que conhecia a vítima apenas pelo apelido, com aparência de aproximadamente 30 anos, moreno, forte, alto, de cabelos pretos e com várias tatuagens, características semelhantes às do corpo encontrado.

O menor contou que quando retornava para casa, na madrugada de quinta (18), ouviu dizer que, naquela quarta, dois veículos – um Gol preto e um Gol prata – chegaram ao bairro e deles desceram vários homens. Os indivíduos teriam invadido a casa de Pezão e o carregado para dentro do porta-malas de um dos carros.

O adolescente informou ainda não saber se Pezão estava sendo ameaçado, mas sabia que ele possuía inimigos, porque, segundo o que o próprio morto teria contado, recentemente pegou uma moto emprestada de um morador do bairro e a trocou por 20 gramas de crack. Pezão era conhecido da polícia por várias acusações por assaltos e roubos, além de ser usuário de drogas.

QUADRILHA
Um dia após o corpo de Pezão aparecer, a Polícia Militar prendeu Dieme Souza Silva, conhecido como Gustavo, apontado como integrante da quadrilha à qual Pezão também pertencia. Segundo informações dos policiais, prestadas na Delegacia de Polícia Civil, na manhã de sábado (20) a guarnição do Grupo Tático Operacional (GTO) soube que, no Bairro Nova Carajás, uma quadrilha estaria “tacando o terror”, além de estar planejando o assassinato de dois policias militares.

A partir disso, a guarnição saiu à procura de Dieme, o próprio Pezão - sem saber que era dele o corpo encontrado - e os indivíduos identificados como Diego, Flávio, Filho e um adolescente. De todos os procurados, os policiais encontraram apenas Dieme, que estava em frente de casa, onde foi encontrada uma pedra de crack de 17 gramas. 

Ele recebeu voz de prisão pelo crime de tráfico. Os policiais foram, ainda, na oficina de motos pertencente a Flávio, onde não o encontraram. No local, entretanto, havia veículos e peças de origem duvidosa, que foram apreendidos e encaminhados para averiguação na delegacia.

Após ser preso, Dieme foi reconhecido por um assalto praticado a uma residência, mas negou este crime, jogando a responsabilidade em Diego, que não foi encontrado, além de dizer que não é traficante e que trabalha como pedreiro. Afirmou também que conhece as outras pessoas procuradas pelos policiais e que, inclusive, havia o comentário de que Pezão estava desaparecido há alguns dias. Dieme já possuía passagens pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e suspeita de homicídio.

"A situação do Pezão é grave. Nós já estávamos investigando ele, que é assíduo praticante de assaltos aqui na cidade, principalmente no Bairro Nova Carajás, tanto que o comparsa dele foi preso neste final de semana”, afirmou o delegado Thiago Carneiro, comentando ainda qual a linha investigativa da Polícia Civil. “Acreditamos na hipótese de vingança por ele ser uma pessoa muito perigosa”. (Vela Preta/Luciana Marschall)

domingo, 21 de julho de 2013

Motorista morre eletrocutado

O motorista Gilvan de Souza Santos, 41 anos, morreu eletrocutado por volta das 21h30 deste sábado (20), em Parauapebas. Gilvan conduzia um caminhão munck que estava com o guincho levantado e acabou enroscando o objeto na rede elétrica.

Ao perceber que o caminhão havia engatado em algo, o motorista decidiu descer para ver o que estava acontecendo e encostou o abdome no estribo do caminhão, recebendo forte descarga elétrica e morrendo ainda no local.

“Fui até o local e constatei que o caminhão estava encostado na fiação. Esse fato gerou um apagão em toda a região”, comentou o delegado de Polícia Civil, Thiago Carneiro, que instaurou inquérito policial para apurar o caso.

“O pessoal da empresa responsável pelo caminhão será intimado para ser ouvido”, disse. O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) de Marabá, onde foi necropsiado e, posteriormente, entregue aos familiares. Gilvan estava há dois meses prestando serviços para a empresa proprietária do caminhão. (Vela Preta/Luciana Marschall)