A Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá tomou
nesta segunda-feira (28) os depoimentos de seis pessoas que testemunharam a
invasão da fazenda Cedro, na zona rural do município, durante a madrugada.
Quatro são funcionários do local e outras duas testemunhas são integrantes da
escolta armada contratada para fazer a segurança privada da área.
Segundo o delegado Alexandre Nascimento, a equipe de
policiais civis enviada à fazenda, durante a manhã, acompanhou o trabalho dos
peritos criminais do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves de Marabá na
área destruída pelos invasores.
De acordo com as testemunhas, o grupo ligado ao
acampamento Helenira Resende, vinculado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra (MST), chegou ao retiro Plantel, onde está localizada a administração
da fazenda, por volta de 2 horas da manhã. Armados com espingardas, eles
passaram a ameaçar os funcionários, que estavam dentro das casas localizadas em
uma vila no interior do retiro. Os seguranças particulares da escolta armada
chegaram a disparar para o alto, no intuito de afastar os invasores do local,
mas o grupo não recuou e passou a atirar em direção à fazenda.
Logo em seguida, os seguranças retiraram os
funcionários das casas e os levaram para uma fazenda próxima à Cedro, onde
ficaram em segurança. Logo em seguida, os invasores invadiram o escritório do
retiro e passaram a saquear móveis, como cadeiras, mesas e eletrodomésticos.
Depois, depredaram o imóvel e incendiaram dois tratores e uma caminhonete, que
estavam no local. Ainda segundo o delegado, as casas dos funcionários também tiveram
eletrodomésticos roubados.
Esse foi o segundo ataque à fazenda Cedro neste ano.
Em janeiro, invasores incendiaram a sede da propriedade rural. O próximo passo
será intimar responsáveis pelo acampamento para serem ouvidos em depoimento. (Walrimar Santos)
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