Até o fechamento desta matéria, continuava preso à
disposição da Justiça de Parauapebas o motorista de ônibus escolar Leandro
Moraes, acusado de tentar estuprar uma estudante de 12 anos de idade e
tentativa de subornar policiais militares.
O acusado foi flagrado na noite de quarta-feira (6)
por uma guarnição da Polícia Militar praticando atos libidinosos com a
adolescente, porém sem chegar à consumação de conjunção carnal. Ela era a última
aluna da rota do ônibus escolar da prefeitura para ser deixada em casa.
Em declarações prestadas à reportagem, o delegado
Paulo Junqueira informou que no caminho para a delegacia Leandro Moraes tentou
sobornar os policiais com a quantia de R$ 300 para não ser preso.
“O acusado foi flagrado [na beira do lago do Bairro
Nova Carajás] beijando massivamente a boca, pescoço e puxando os cabelos da
vítima”, detalha a autoridade policial.
Delegado Paulo Junqueira observa que, embora o
acusado não tenha consumado o ato sexual com a estudante, com penetração,
Leandro cometeu estupro, já que uma mudança na legislação classifica o beijo
forçado e o toque nas partes íntimas de vulnerável sem consentimento como
estupro.
Ainda em prantos, a estudante contou detalhes à
escrivã como tudo aconteceu e foi encaminhada ao IML para submeter-se a exame
de corpo de delito. Ela revelou que o motorista do ônibus deixou todos os
estudantes em suas respectivas paradas e quando restava apenas ela o condutor
desviou a rota para o Bairro Nova Carajás.
À imprensa, Leandro Moraes sustentou que não
aconteceu nada entre os dois, nem ao menos um abraço, tampouco beijos. Com
relação à acusação de suborno, ele disse que é mentira.
Nota de esclarecimento
"A Prefeitura Municipal de Parauapebas, por meio da
Secretaria Municipal de Educação (Semed), esclarece que, em relação à suposta
tentativa de estupro de uma aluna da rede municipal por parte de um motorista
de ônibus escolar, todas as providências cabíveis já estão sendo tomadas. O
acusado já foi afastado de suas atividades, bem como o processo de sua demissão
já foi encaminhado à Diretoria de Gestão de Pessoas da Semed.
O motorista era servidor contratado desde janeiro
deste ano e, como os demais motoristas, passou por uma seleção realizada a
partir de triagem, análise de currículo e entrevista pessoal. Além disso, o
profissional participou de treinamentos periódicos e de reuniões quinzenais nas
quais recebia noções e orientações sobre ética no serviço público,
comportamento e compromisso com o bem-estar dos alunos, dentre outros assuntos.
Até a data do ocorrido, seu comportamento era tido
como exemplar, de maneira que nenhuma de suas ações, em momento algum, sugeriu
que ele pudesse apresentar qualquer desvio de conduta.
A vítima e sua família estão recebendo toda a
assistência necessária, inclusive apoio psicológico de profissionais do Núcleo
de Apoio e Atendimento Psicossocial e Pedagógico (Naapp). A Semed colocou
assistente social e psicólogo à disposição da família para que a vítima tenha
acompanhamento adequado e para orientar a família sobre procedimentos que devem
ser adotados, inclusive protegendo a aluna de eventual exposição por se tratar
de menor, respeitando-se os direitos da criança e do adolescente.
A Prefeitura Municipal de Parauapebas repudia
quaisquer que sejam os atos que violem e afrontem a cidadania ou atentem contra
a vida de crianças e reforça seu compromisso com a luta pela responsabilização
criminal de todos os autores de abuso, exploração ou outras formas de violência
sexual contra crianças e adolescentes, assim como busca elaborar, implementar e
aperfeiçoar políticas públicas destinadas à prevenção e ao atendimento das
vítimas suas respectivas famílias de tais crimes odiosos". (Vela Preta/Waldyr Silva)
Fatos como este já são corriqueiros e devem ser previstos. Então, compete à administração municipal e escolar, ser precavida para evitar que a situação à qual foi exposta a adolescente seja coibida. Como? Não permitindo que apenas o condutor esteja no veículo enquanto houver menores, mas também um monitor(a) responsável pela integridade do menor. O gesto da demissão foi correto, mas foi punitivo; se queremos ser justos devemos desenvolver gestos preventivos. E os pais que sejam mais exigentes e presentes no que tange a seus filhos.
ResponderExcluirCORRIGINDO: "...para evitar que a situação à qual foi exposta a adolescente se repita."
ExcluirA menina ressalta! Graças a deus se a policia nao chega o pior tinha acontecido.
ResponderExcluirAinda temos policiais honesto nessa cidade de parauapebas.
Quem nao comnhese o motorista diz o que diz , mais ele jamais seria capais de fazer uma coisa dessa ,pos tambem tem a filho e quer protejer o masimo posivel ......Sua mulher comfia nas palavras dele
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