Ainda repercute na região o caso do homem que matou a
namorada em Canaã dos Carajás e enterrou no quintal da casa dele. Maria Rosa
Gomes, de 41 anos, foi sepultada nesta quarta-feira (24) em Parauapebas.
O corpo de Maria Rosa foi encontrado na terça-feira
(23), já em decomposição, após o próprio Francisco Maciel Silva Brasil,
namorado da vítima, ter ligado para um sobrinho dele e confessado que havia
matado a mulher e enterrado o corpo no quintal da casa dele, localizada no
Bairro Novo Brasil, em Canaã. Esse parente acionou a polícia, que esteve no
local, confirmou o caso e chamou peritos do Instituto Médico Legal (IML) de Parauapebas
para desenterrar o corpo, que apresentava sinais de ferimentos por arma branca.
Segundo vizinhos, o casal, que estava junto há cinco
meses, teve uma grande discussão na noite de domingo (21). Eles chegaram a
ouvir gritos, mas ninguém fez nada e pouco depois os gritos pararam.
Quando amanheceu segunda-feira (22), perceberam que
Francisco Maciel estava vendendo todos os pertences e móveis da casa e viajou,
sem a namorada. Os vizinhos dizem que ficaram perplexos ao saber da notícia que
Francisco havia matado a namorada e a enterrado no quintal da casa dele.
De acordo com Raimundo Nonato Gomes, irmão de Maria Rosa,
ela saiu da casa onde morava em Parauapebas, na Rua Gabriel Pimenta, Bairro Rio
Verde, na noite de sábado (20), dizendo que ia para a casa do namorado em Canaã
dos Carajás.
"Só tivemos notícias dela na terça-feira,
quando uma amiga da minha outra irmã, que mora em Canaã, soube que tinham
achado o corpo de uma mulher, que era de Parauapebas, enterrada no quintal de
uma casa e foi até lá ver, porque essa minha irmã havia pedido ajuda para
localizar Rosa na cidade, pois desde sábado que ela não dava notícias",
relata Raimundo Nonato.
Ainda de acordo com o irmão da vítima, o sobrinho de
Francisco contou à polícia que ele justificou que matou Rosa porque ela o teria
roubado e tentado matá-lo com uma tesoura. Disse que a irmã era ajudada pelo
namorado e por isso ela não tinha necessidade de roubá-lo.
"Cheguei a ficar
uns dias na casa dele lá em Canaã e ele parecia ser um cara tranquilo. Nunca
imaginei que ele pudesse fazer isso com minha irmã, mas quem vê cara não vê coração",
lamenta Raimundo Nonato. (Vela Preta /
Waldyr Silva)
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