quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Polícia cumpre mandados e prende quatro suspeitos de fraude bancária

A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (24), em Parauapebas, a operação policial denominada “Keylogger”, cumprindo 11 mandados judiciais e efetuando quatro prisões preventivas, duas conduções coercitivas de pessoas investigadas para prestar depoimento e outros cinco mandados de busca e apreensão.

O objetivo é desarticular uma associação criminosa envolvida em fraudes bancárias e esquema de lavagem de dinheiro por meio de invasão de contas bancárias, visando pagamentos de contas de uma grande loja da cidade denominada Construferro.

A operação foi comandada pela delegada Vanessa Lee, titular da Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos (DPRCT), com apoio de policiais civis das superintendências regionais do Sudeste e do Araguaia Paraense, e do Grupo de Pronto-Emprego (GPE).

De acordo com a Policial Civil, a operação é resultado de quatro meses de investigações sobre um esquema que envolvia lavagem de dinheiro.

Os presos são Silvia Cleia do Nascimento, Wellim Botelho Viana, Elenildo Holanda da Silva e Fábio Costa Silva, este último dono da loja, preso em flagrante por porte ilegal de um revólver calibre 38 com quatro munições.

Segundo a delegada, as investigações demonstraram que as fraudes bancárias eram praticadas por intermédio de sistemas de acesso a contas bancárias pela internet de agências bancárias, conhecido como Internet Banking.

Ela explica que os integrantes da associação criminosa enviavam milhares de e-mails com um vírus denominado Keylogger, do tipo “Cavalo de Tróia”, anexado à mensagem.

Após se instalar nos computadores dos donos de contas correntes, o vírus copiava o número das contas, as senhas e o token (chave eletrônica geradora de senhas) e depois enviava os dados aos “crackers” (criminosos que agem na internet).

Com os dados, explica a autoridade policial, os golpistas desviavam os valores e os usavam para pagamentos de boletos bancários. Estima-se que a fraude ultrapasse R$ 2 milhões.

“Foram feitos diversos pagamentos de boletos bancários de fornecedores para uma grande empresa de venda de ferro no município de Parauapebas”, detalha Vanessa Lee.

Conforme ainda a titular da DPRCT, para obter êxito nas fraudes os golpistas criaram diversas empresas “fantasmas” e usavam nomes de outras pessoas para realizar diversas compras de valores elevados. Para tanto, salienta a policial civil, eles faziam os pagamentos por meio de duplicatas através das contas bancárias invadidas e, depois, revendiam os produtos para obter enriquecimento ilícito e fazer lavagem de dinheiro.

Foram encontrados com os acusados diversos computadores, um revólver calibre 38 com quatro munições intactas, documentos e boletos de pagamentos em nome de várias empresas “fantasmas” criadas especificamente para receber os produtos comprados de maneira fraudulenta. Todas as empresas falsas apresentavam o mesmo endereço da empresa verdadeira.

Dentre os presos, Sílvia Cleia é apontada como “laranja” no esquema, pois a empresa usada no golpe está em seu nome. Os demais são ligados ao ramo comercial. Todos permanecerão presos à disposição da Justiça. Os documentos e demais objetos apreendidos serão encaminhados para perícia. As investigações sobre o esquema continuam. (Walrimar Santos)

Um comentário:

  1. Demorou. á anos existe esse tipo de quadrilha aje em Parauapebas-PA, filhos de empresários, filhos de donos de postos de combustíveis todos ligados na famosa ''Batatagem'' posso passar o dia inteiro citando nomes aqui. mais sei muito bem que a Polícia já esta de olho. Parabéns a Sr. Delegada.

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