A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (24),
em Parauapebas, a operação policial denominada “Keylogger”, cumprindo 11
mandados judiciais e efetuando quatro prisões preventivas, duas conduções
coercitivas de pessoas investigadas para prestar depoimento e outros cinco
mandados de busca e apreensão.
O objetivo é desarticular uma associação criminosa
envolvida em fraudes bancárias e esquema de lavagem de dinheiro por meio de
invasão de contas bancárias, visando pagamentos de contas de uma grande loja da
cidade denominada Construferro.
A operação foi comandada pela delegada Vanessa Lee,
titular da Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos (DPRCT), com
apoio de policiais civis das superintendências regionais do Sudeste e do
Araguaia Paraense, e do Grupo de Pronto-Emprego (GPE).
De acordo com a Policial Civil, a operação é
resultado de quatro meses de investigações sobre um esquema que envolvia
lavagem de dinheiro.
Os presos são Silvia Cleia do Nascimento, Wellim
Botelho Viana, Elenildo Holanda da Silva e Fábio Costa Silva, este último dono
da loja, preso em flagrante por porte ilegal de um revólver calibre 38 com
quatro munições.
Segundo a delegada, as investigações demonstraram que
as fraudes bancárias eram praticadas por intermédio de sistemas de acesso a
contas bancárias pela internet de agências bancárias, conhecido como Internet
Banking.
Ela explica que os integrantes da associação
criminosa enviavam milhares de e-mails com um vírus denominado Keylogger, do
tipo “Cavalo de Tróia”, anexado à mensagem.
Após se instalar nos computadores dos donos de
contas correntes, o vírus copiava o número das contas, as senhas e o token
(chave eletrônica geradora de senhas) e depois enviava os dados aos “crackers”
(criminosos que agem na internet).
Com os dados, explica a autoridade policial, os
golpistas desviavam os valores e os usavam para pagamentos de boletos
bancários. Estima-se que a fraude ultrapasse R$ 2 milhões.
“Foram feitos diversos pagamentos de boletos
bancários de fornecedores para uma grande empresa de venda de ferro no
município de Parauapebas”, detalha Vanessa Lee.
Conforme ainda a titular da DPRCT, para obter êxito
nas fraudes os golpistas criaram diversas empresas “fantasmas” e usavam nomes
de outras pessoas para realizar diversas compras de valores elevados. Para
tanto, salienta a policial civil, eles faziam os pagamentos por meio de
duplicatas através das contas bancárias invadidas e, depois, revendiam os
produtos para obter enriquecimento ilícito e fazer lavagem de dinheiro.
Foram encontrados com os acusados diversos
computadores, um revólver calibre 38 com quatro munições intactas, documentos e
boletos de pagamentos em nome de várias empresas “fantasmas” criadas
especificamente para receber os produtos comprados de maneira fraudulenta. Todas
as empresas falsas apresentavam o mesmo endereço da empresa verdadeira.
Dentre os presos,
Sílvia Cleia é apontada como “laranja” no esquema, pois a empresa usada no
golpe está em seu nome. Os demais são ligados ao ramo comercial. Todos
permanecerão presos à disposição da Justiça. Os documentos e demais objetos
apreendidos serão encaminhados para perícia. As investigações sobre o esquema
continuam. (Walrimar Santos)
Demorou. á anos existe esse tipo de quadrilha aje em Parauapebas-PA, filhos de empresários, filhos de donos de postos de combustíveis todos ligados na famosa ''Batatagem'' posso passar o dia inteiro citando nomes aqui. mais sei muito bem que a Polícia já esta de olho. Parabéns a Sr. Delegada.
ResponderExcluir