quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Susipe estreita relacionamento com familiares de presos

A direção da carceragem do Bairro Rio Verde, em Parauapebas, reuniu-se na noite da última terça-feira (11) com familiares e visitantes de presos em uma igreja evangélica do Bairro Liberdade I, com o objetivo de estreitar o relacionamento e contar com o apoio das famílias para a melhoria do comportamento do custodiado dentro da carceragem.

O diretor da casa penal, Adalberto Murilo Barbosa de Souza, falou aos familiares sobre a importância de um diálogo aberto entre a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe), Poder Judiciário, Ministério Público, familiares e presos. “Estamos tentando fazer, com o apoio das famílias, um trabalho que consista levar melhorias à casa penal e, consequentemente, aos presos”, informou.

Segundo o diretor, as famílias são importantes para ajudar na disciplina e na organização da carceragem, para que os agentes possam trabalhar com o preso a sua ressocialização. “Se eles entenderem e respeitarem as normas da casa penal, todo o sistema ganha”, destacou Adalberto Souza, acrescentando que, nesse processo, o respeito mútuo é primordial.

Representando a Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Parauapebas, o advogado Gildásio Teixeira Ramos Sobrinho reforçou que o relacionamento da Susipe com os familiares de presos é muito positivo e pode contribuir para a melhoria do comportamento deles dentro da carceragem.

“A OAB incentiva e sempre apoiará iniciativas como essa”, declarou o causídico, observando que o juiz criminal da Comarca de Parauapebas, Líbio Araujo Moura, mantém relacionamento respeitoso com o encarcerado, com suas famílias e tem dado todo o apoio necessário para essas ações.

Perguntado sobre a eventual realização de mutirões para agilizar processos de presos da cidade, Gildásio Sobrinho informou que a Vara Criminal já está elaborando estudo para verificar quais presos já têm condição de aguardar a ação penal em liberdade.

“Com essa atitude, em conjunto com o Poder Judiciário, Ministério Público e a Susipe, a situação da população carcerária vai melhorar, tendo em vista que há presos que já têm condição de aguardar a ação penal em liberdade”, antecipou, informando que a data do mutirão ainda não foi definida.

Para a dona de casa Iriselma de Jesus Reis, tia de um preso acusado de envolvimento com tráfico de drogas, o atendimento na cadeia pública de Parauapebas já está melhorando e ela acredita que o trabalho da direção tem tudo para dar certo.

“Meu sobrinho foi preso por envolvimento com drogas. Sempre que possível eu vou visitá-lo. Eu me senti muito bem ao ir lá e fiquei ainda mais feliz em ver que a direção quer melhorar realmente o relacionamento com a gente. Apoio esse trabalho”, declarou.

A carceragem de Parauapebas atualmente conta com 94 presos, mais que o dobro de sua capacidade. (Vela Preta/Waldyr Silva)

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