A direção da carceragem do Bairro Rio Verde, em
Parauapebas, reuniu-se na noite da última terça-feira (11) com familiares e
visitantes de presos em uma igreja evangélica do Bairro Liberdade I, com o
objetivo de estreitar o relacionamento e contar com o apoio das famílias para a
melhoria do comportamento do custodiado dentro da carceragem.
O diretor da casa penal, Adalberto Murilo Barbosa de
Souza, falou aos familiares sobre a importância de um diálogo aberto entre a Superintendência
do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe), Poder Judiciário,
Ministério Público, familiares e presos. “Estamos tentando fazer, com o apoio
das famílias, um trabalho que consista levar melhorias à casa penal e,
consequentemente, aos presos”, informou.
Segundo o diretor, as famílias são importantes para ajudar
na disciplina e na organização da carceragem, para que os agentes possam
trabalhar com o preso a sua ressocialização. “Se eles entenderem e respeitarem
as normas da casa penal, todo o sistema ganha”, destacou Adalberto Souza,
acrescentando que, nesse processo, o respeito mútuo é primordial.
Representando a Subseção da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) em Parauapebas, o advogado Gildásio Teixeira Ramos Sobrinho reforçou
que o relacionamento da Susipe com os familiares de presos é muito positivo e pode
contribuir para a melhoria do comportamento deles dentro da carceragem.
“A OAB incentiva e sempre apoiará iniciativas como
essa”, declarou o causídico, observando que o juiz criminal da Comarca de Parauapebas,
Líbio Araujo Moura, mantém relacionamento respeitoso com o encarcerado, com suas
famílias e tem dado todo o apoio necessário para essas ações.
Perguntado sobre a eventual realização de mutirões
para agilizar processos de presos da cidade, Gildásio Sobrinho informou que a
Vara Criminal já está elaborando estudo para verificar quais presos já têm
condição de aguardar a ação penal em liberdade.
“Com essa atitude, em conjunto com o Poder
Judiciário, Ministério Público e a Susipe, a situação da população carcerária vai
melhorar, tendo em vista que há presos que já têm condição de aguardar a ação
penal em liberdade”, antecipou, informando que a data do mutirão ainda não foi
definida.
Para a dona de casa Iriselma de Jesus Reis, tia de
um preso acusado de envolvimento com tráfico de drogas, o atendimento na cadeia
pública de Parauapebas já está melhorando e ela acredita que o trabalho da
direção tem tudo para dar certo.
“Meu sobrinho foi preso por envolvimento com drogas.
Sempre que possível eu vou visitá-lo. Eu me senti muito bem ao ir lá e fiquei
ainda mais feliz em ver que a direção quer melhorar realmente o relacionamento
com a gente. Apoio esse trabalho”, declarou.
A carceragem de Parauapebas atualmente conta com 94
presos, mais que o dobro de sua capacidade. (Vela Preta/Waldyr Silva)
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