O mecânico Valmir Santos Silva, 29 anos, dono de uma
oficina de motos localizada no Bairro Betânia, em Parauapebas, foi preso nesta
quarta-feira (26) pela Polícia Militar, acusado de receptação de moto e carros
roubados. A PM chegou até o acusado após a apreensão de uma moto que foi roubada
no Maranhão.
No momento da apreensão, numa blitz ocorrida na vila
Alto Bonito, a motocicleta estava sendo conduzida por Marcos Pereira Nogueira,
que disse ter comprado o veículo pensando que o mesmo estivesse legalizado.
"Eu não sabia que ela [moto] era roubada. Comprei para usar na roça, onde
eu moro", justificou Marcos Nogueira, que levou os policiais até a oficina
onde teria comprado a moto.
De acordo com o cabo PM Sobral, do destacamento policial
em Alto Bonito, todos os dias eles estão realizando blitz em todos os assentamentos
daquela localidade, para tentar apreender e coibir o roubo de motos.
Segundo ainda o policial militar, a abordagem de
Marcos aconteceu por volta das 18 horas de terça-feira (25). Ele estava sem o
documento do veículo e, ao fazerem a verificação pela placa, constataram que o mesmo
foi roubado no Maranhão.
À polícia, o condutor disse que comprou a moto de um
homem conhecido como Paulinho, em uma oficina no Bairro Betânia. “Os comparsas
desse elemento [Paulinho] roubam as motos e repassam para ele, que despacha
para as comunidades da zona rural", explica o cabo Sobral, frisando que
Paulinho, assim como Valmir, já é conhecido.
Ao ser procurado pela reportagem, Valmir Silva
tentou intimidar o repórter Ronaldo Modesto, quando este tentou fotografá-lo e
ouvi-lo na delegacia. A ameaça foi comunicada à polícia. Marcos Nogueira, por
sua vez, informou que comprou a moto de Valmir Silva por R$ 2,5 mil.
"Vim com a polícia e o cara confirmou que me
vendeu a moto e já nos levou na casa de outro cara, que teria dado para ele a
moto para vender. Ele disse que vendeu a moto para ganhar comissão”, relata Marcos
Nogueira. Segundo foi apurado pela polícia, Valmir comprou a moto por R$ 1 mil e
depois revendeu por R$ 2,5 mil para Marcos Nogueira.
Para o delegado Nelson Alves Júnior, plantonista na
20ª Seccional de Polícia Civil de Parauapebas, isso é caracterizado como
receptação culposa. Ele explica que, como se trata de crime afiançável, Valmir
vai responder ao processo em liberdade. "Ainda vamos conversar com ele,
para saber de quem ele comprou essa moto. Talvez uma terceira pessoa seja
incluída nesse processo", adianta o delegado. (Vela Preta/Waldyr Silva)
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