Até esta segunda-feira (4), continuavam presos à
disposição da Justiça quatro indivíduos acusados de furtar joias, aparelhos de
celular e dólares em espécie, no valor estimado em mais de 1 milhão de reais; e
três dos quatros receptadores. A prisão do bando ocorreu na noite da última
sexta-feira (31), em Parauapebas.
Os presos são os indivíduos Ruan Guilherme de Souza
Carvalho, Pablo Higor de Araújo, Lucas Sousa Matos e Aldenora Pereira da Silva,
irmã de Ruan; além de três comerciantes da cidade, que estão sendo acusados de
comprar os produtos furtados, e menores de idade. A quadrilha vinha sendo
monitorada a cerca de quatro meses pelo serviço de inteligência das polícias
Civil e Militar.
A detenção aconteceu após uma abordagem de rotina
feita por policiais do Grupo Tático Operacional na Rodovia PA 160 numa
caminhonete. No interior do veículo, conduzido por Ruan Guilherme,
encontravam-se Pablo Higor, Lucas Matos e os adolescentes.
A polícia encontrou ainda dentro da picape objetos
como relógio, pulseira, corrente de ouro e aparelhos de celular. Ruan foi
reconhecido pelos policiais por meio de tatuagens que apareciam nas imagens
gravadas pelas câmeras de seguranças das residências invadidas.
Diante das provas, Ruan acabou confessando a autoria
dos furtos e informou o endereço dele, no Bairro Tropical II, onde se
encontravam centenas de pequenos objetos roubados, como perfumes, eletrônicos e
munições calibre 380.
Uma motocicleta Honda Pop 100, de cor vermelha e
placa OTL 7721, também foi apreendida, após Ruan informar que era o veículo
utilizado para o transporte durante a ação criminosa.
Em depoimento à polícia, Ruan Guilherme confessou
também que muitas joias em ouro foram comercializadas por R$ 60 mil o grama com
pelo menos quatro estabelecimentos comerciais de joias na cidade. Disse também que
chegou a ser orientado por um dos receptadores a vender os objetos em pedaços
ou peças fundidas, para dificultar o reconhecimento.
Após a prisão dos acusados, várias vítimas vêm
procurando a delegacia e reconhecendo seus objetos furtados, recebendo-os de
volta. “A maior parte dos produtos furtados foi encontrada na casa de Aldenora
Pereira e a outra quantidade com os comerciantes de joia”, explica o delegado
Thiago Carneiro, que não quis revelar o nome dos comerciantes acusados de
receptar os produtos furtados.
À reportagem, Ruan Guilherme disse que fazia os
furtos sempre à noite, quando percebia a ausência de moradores e as cercas
elétricas desligadas. Confessou que entrava pelas janelas de vidros das casas. Jornal Tabloide e Portal www.pebinhadeacucar.com.br. (Vela Preta/Waldyr Silva)