A morte do comerciante Fábio Roberto de Sousa
Sobrinho, de 36 anos, ocorrida na noite da última quarta-feira (26), no Bairro Palmares
II, pode ter sido queima de arquivo.
A suspeita é que o crime tenha alguma ligação com a
morte do vaqueiro Denis Hales Silva e Silva, de 22 anos, também executado a
tiros na noite do último dia 21, em frente ao estabelecimento comercial de Fábio
Sobrinho, na mesma localidade.
Segundo informações apuradas pela reportagem junto à
polícia, o comerciante seria ouvido em interrogatório na manhã seguinte à sua
morte, quinta-feira (27), como testemunha do crime, porque teria presenciado a
execução do vaqueiro pelo circuito interno de vigilância do seu estabelecimento
comercial.
De acordo com uma testemunha, Fábio se encontrava no
início da noite na distribuidora de bebidas quando dois homens chegaram numa
motocicleta Honda XTA, de cor preta. O indivíduo que vinha na garupa saltou do
veículo, já de arma em punho, caminhou em direção à Fábio e efetuou os disparos.
Essa mesma pessoa conta que ouviu quando um dos assassinos comentou: "É
ele. É esse mesmo”.
O comerciante ainda foi socorrido com vida, mas
faleceu pouco depois de ser atendido no Hospital Geral de Parauapebas.
A testemunha relatou ainda que Fábio Sobrinho era
muito amigo de Denis Hales e desde sua morte ele vinha fazendo investigações
paralelas às da Polícia Civil, para tentar identificar os autores do crime, inclusive
fazendo comentários a respeito do caso.
A polícia acredita
que por esse motivo Fábio possa ter sido morto em queima de arquivo e que ele
teria conseguido identificar os assassinos e tinha a intenção de revelar isso à
polícia. (Vela Preta/Waldyr Silva)