Telefonemas supostamente originados de dentro de
presídios, em que a pessoa do outro lado simula o sequestro de um parente da vítima
ou a informa que ela ganhou uma promoção, vêm ocorrendo com frequência em
Parauapebas, fazendo vítimas desse tipo de golpe.
Durante a ligação, os bandidos exigem que quantias
em dinheiro sejam depositadas em suas contas bancárias, seja para pagar o
resgate da pessoa que na realidade não foi sequestrada, seja para que a vítima retire
seu suposto prêmio.
Segundo informa a delegada Yanna Azevedo, da 20ª Seccional
Urbana de Polícia Civil, recentemente tem aumentado o número de pessoas que
procuram a delegacia para denunciar o golpe. “É um golpe que há tempos vem
sendo aplicado em todo o país, mas nas últimas semanas recebemos casos de
pessoas que receberam telefonemas desta natureza. Duas pessoas chegaram a depositar
dinheiro para o resgate do suposto sequestro", afirma.
A delegada acrescenta que uma das vítimas transferiu
R$ 1 mil aos bandidos e outra a quantia de R$ 10 mil. "Nos casos dos
sequestros simulados, eles colocam pessoas para gritar e chorar, aterrorizando
as vítimas. As duas pessoas que caíram no golpe alegaram que as vozes pareciam
com as dos parentes, mas temos que ter a ciência de que a voz é semelhante
quando a pessoa está chorando ou gritando", alerta Yanna Azevedo.
A autoridade policial orienta que as pessoas devem
ter muito cuidado ao receber ligações em seus celulares de números estranhos de
outros estados ou números privados. “Além disso, tente procurar pelo parente
supostamente sequestrado e cuidado para não dar informações que possam auxiliar
o golpista. Quem receber esse tipo de ligação deve procurar a Delegacia de
Polícia Civil e registrar boletim de ocorrência”.
Com relação às supostas premiações, Yanna Azevedo
sugere que as pessoas precisam estar atentas ao fato de que para ganhar algo
precisa estar inscrita em alguma promoção. "Quando a gente ganha algum
prêmio não tem que pagar mais nada para recebê-lo", diz ela, observando
que a modalidade de golpe também existe por mensagens de texto. (Vela Preta/Waldyr Silva)
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