A Polícia Civil em Parauapebas continua investigando
um assassinato e um afogamento de uma criança, ocorridos no final de semana. Na
tarde desta segunda-feira (30), foi identificada como Maycon Rodrigues da
Silva, 8 anos de idade, a criança que se afogou em um balneário às margens da
via que dá acesso ao Bairro Palmares II.
De acordo com o delegado Nelson Alves Júnior,
titular da Divisão de Homicídios, a criança chegou a ser socorrida quando o
corpo emergiu no balneário e encaminhado ao Hospital Municipal de Parauapebas,
onde já chegou morta. "O laudo necroscópico irá informar se a causa foi
afogamento mesmo, ou se a criança pode ter sido agredida antes de ser jogada na
água”, comentou o delegado.
Até onde se sabe, a criança teria saído de casa
sozinha, no Bairro da Paz, e ido ao balneário, onde é o segundo caso de
afogamento registrado. "Sugeri que fosse feita uma reunião com os
proprietários de balneários e clubes, para que seja feito um ajuste de conduta
em relação a equipamentos de segurança e presença de um guarda vida. Outro
problema é que esses locais sempre são abertos e é fácil alguém entrar sem o
responsável, como essa criança", comentou Nelson Júnior.
Para o delegado Thiago Carneiro, superintendente de
Polícia Civil em Parauapebas, a responsabilidade sobre as crianças é dos pais e
do estado, que tem o dever de fiscalizar os balneários. "É
responsabilidade do poder público fazer a fiscalização desses locais, para
saber se estão com a documentação em dia, mas, infelizmente, a demanda é grande
para a Polícia Civil”, afirmou.
Além de reconhecer que há uma falha da instituição,
o delegado destaca que também há responsabilidade de outros órgãos públicos
como Corpo de Bombeiros e Prefeitura Municipal. Por fim, ele informou que foi
instaurado inquérito policial e o proprietário da área já foi ouvido em
depoimento. "Vamos descobrir qual a situação legal dessa
propriedade".
Assassinato
Já o crime de homicídio vitimou Antônio Luiz
Ferreira Bezerra, de 39 anos, que teve o corpo encontrado próximo da VS 10, na
Rodovia PA-160, onde está sendo construído o presídio da cidade. A vítima
trabalhava como vigia na obra e a Polícia Civil acredita que o crime tenha sido
latrocínio, roubo seguido de morte.
“A Polícia Civil foi acionada na madrugada de
domingo por meio de um amigo. Ele era vigilante e no local só há um pequeno
casebre e bastante mato. Um amigo dele encontrou o corpo em um local já
afastado do casebre, com diversas marcas de facadas”, informou o delegado
Nelson Júnior, acrescentando que o barraco estava completamente revirado.
"Acreditamos que o crime foi cometido por mais de uma pessoa e que foi
levado algum valor. Parecia como se alguém estivesse procurando dinheiro ou
algum objeto de valor”.
Para a autoridade, o crime provavelmente foi
cometido ou tem envolvimento de pessoas que moram em locais próximos. "É
um crime muito estranho. Também trabalhamos com a linha de vingança, mas não se
sabe a razão”. (Vela Preta/Waldyr Silva)
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