terça-feira, 31 de março de 2015

Mais duas mortes em Parauapebas: afogamento e homicídio


A Polícia Civil em Parauapebas continua investigando um assassinato e um afogamento de uma criança, ocorridos no final de semana. Na tarde desta segunda-feira (30), foi identificada como Maycon Rodrigues da Silva, 8 anos de idade, a criança que se afogou em um balneário às margens da via que dá acesso ao Bairro Palmares II.

De acordo com o delegado Nelson Alves Júnior, titular da Divisão de Homicídios, a criança chegou a ser socorrida quando o corpo emergiu no balneário e encaminhado ao Hospital Municipal de Parauapebas, onde já chegou morta. "O laudo necroscópico irá informar se a causa foi afogamento mesmo, ou se a criança pode ter sido agredida antes de ser jogada na água”, comentou o delegado.

Até onde se sabe, a criança teria saído de casa sozinha, no Bairro da Paz, e ido ao balneário, onde é o segundo caso de afogamento registrado. "Sugeri que fosse feita uma reunião com os proprietários de balneários e clubes, para que seja feito um ajuste de conduta em relação a equipamentos de segurança e presença de um guarda vida. Outro problema é que esses locais sempre são abertos e é fácil alguém entrar sem o responsável, como essa criança", comentou Nelson Júnior.

Para o delegado Thiago Carneiro, superintendente de Polícia Civil em Parauapebas, a responsabilidade sobre as crianças é dos pais e do estado, que tem o dever de fiscalizar os balneários. "É responsabilidade do poder público fazer a fiscalização desses locais, para saber se estão com a documentação em dia, mas, infelizmente, a demanda é grande para a Polícia Civil”, afirmou.

Além de reconhecer que há uma falha da instituição, o delegado destaca que também há responsabilidade de outros órgãos públicos como Corpo de Bombeiros e Prefeitura Municipal. Por fim, ele informou que foi instaurado inquérito policial e o proprietário da área já foi ouvido em depoimento. "Vamos descobrir qual a situação legal dessa propriedade".

Assassinato
Já o crime de homicídio vitimou Antônio Luiz Ferreira Bezerra, de 39 anos, que teve o corpo encontrado próximo da VS 10, na Rodovia PA-160, onde está sendo construído o presídio da cidade. A vítima trabalhava como vigia na obra e a Polícia Civil acredita que o crime tenha sido latrocínio, roubo seguido de morte.

“A Polícia Civil foi acionada na madrugada de domingo por meio de um amigo. Ele era vigilante e no local só há um pequeno casebre e bastante mato. Um amigo dele encontrou o corpo em um local já afastado do casebre, com diversas marcas de facadas”, informou o delegado Nelson Júnior, acrescentando que o barraco estava completamente revirado. "Acreditamos que o crime foi cometido por mais de uma pessoa e que foi levado algum valor. Parecia como se alguém estivesse procurando dinheiro ou algum objeto de valor”.

Para a autoridade, o crime provavelmente foi cometido ou tem envolvimento de pessoas que moram em locais próximos. "É um crime muito estranho. Também trabalhamos com a linha de vingança, mas não se sabe a razão”. (Vela Preta/Waldyr Silva)

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